Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

30 de abr. de 2009

Ele parecia andar sempre em outra direção, me irritei. Não foi o combinado, pelo menos não o meu combinado. Agarrei-o com toda minha força, joguei-o na parede e fiz cena de cinema. Onde você pensa que está indo? O que pensa que está fazendo? Mas ele não respondeu. Mudo, como sempre. Inquestionável.
Não porque esteja sempre certo, mas porque não se deixa questionar. Difícil. Não sabia mais a quem perguntar o que estava acontecendo, onde estavam aqueles meus planos e como ele podia mudar tudo assim, tão rápido, sem me pedir permissão! Amaldiçoei-o com palavras terríveis, desejei não tê-lo comigo, fugi.
Mas depois de alguns passos só, me senti perdida, desencaminhada, sozinha. Achei melhor voltar, pedir desculpas. Ia ser mesmo difícil viver brigada com o destino.

29 de abr. de 2009

Não! Não e Não!!!!

Ele não vai me conhecer. Não vai conhecer o cheiro do meu cabelo, não vai conhecer os apelidos bregas que eu invento.
Não vai conhecer a minha pantufa de joaninha, não vai conhecer a cor da cortina do meu quarto.

Ele não vai me encontrar. Não vai encontrar fotos, cartas nem bilhetes meus. Não vai encontrar meu chocolate escondido na gaveta.

Ele não vai me entender. Não vai entender quando eu choro de rir, nem a minha mania de levantar da cama depois de pelo menos três sonecas de 10 minutos.

Ele não vai se apaixonar. Não vai fazer cócegas, nem deitar no colo. Não vai comer mingau quando tiver com dor de garganta e nem ganhar presente no dia dos namorados.

Isso. Já me decidi. Não vou permitir envolvimento, sentimento e possíveis perdas.


Rá – Faz me rir. Conta outra Boneca.

Perversão

Os homens são treinados para dizer coisas que nem sabem bem o que significam para manter o mundo equilibrado através da reprodução da espécie. E as mulheres têm hormônios idiotizantes para que possam acreditar.

A maior prova são as flores.



Quando um cara quer transar com uma mulher, manda flores. Quando faz algo ruim também. Ou quando ainda vai fazer. Oras, as flores são os órgãos sexuais das plantas. Não é pra lá de estranho oferecê-los a alguém? Agradecidas, nós arrumamos OS ÓRGÃOS SEXUAIS VEGETAIS em recipientes de vidro para enfeitar a casa ou colocamos nos cabelos.

Que doentio!

(descobertas da Gestão Ambiental)

Celibato não combina com a vida...

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tenho que fazer algo à respeito.

Momento tolerância Z-E-R-O

Por que as pessoas teimam em testar a minha paciência? Para que?
Vamos facilitar: Eu NÃO tenho paciência, minha tolerância é abaixo de zero, acidez é meu nome e sarcasmo, o sobrenome. Sendo assim, por que as pessoas não se poupam do trabalho???
Uma vez que perdi a paciência com uma "mini fiscal", ela chorou. E eu, sinceramente, a-d-o-r-e-i.
Então, fica o apelo: Pessoa irritante que adora me encher o saco, não mexa com este espírito sem luz que tenta atingir a ascensão. Não fique inventando chances para eu ser ruim. Vamos manter a campanha por uma Boneca menos ordinária. Abrace a causa também.
Acabei aprendendo na minha vida que as pessoas precisam passar por todo tipo de situação pra crescer...
Não que elas mereçam isso, mas tudo aquilo que não mata, nos ensina a viver melhor!

'Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar'.

Aquele que relaxa, tudo obtém..."Não precisa correr tanto, o que é seu às mãos lhe há de vir".

Prosa

Tá vendo aquele moço ali, dona? É meu homem.Ninguém tem mais intimidade com o mato que ele.Ninguém tem mais intimidade com o mar que ele.Ninguém passeia em qualquer canto solitário dessa natureza de meu Deus com tanta tranquilidade.Nem parece que foi parido de um ventre, parece que brotou da terra. Depois dessas florestas e de todas essas águas que ele conhece, o lugar que ele mais prefere é meu corpo.Nossa querência é das enormes.Ele com essa cara de bravo, ninguém desconfia, que macho mais doce.Mas eu sei que nessa pele queimada de sol tem mar demais e uma fome escondida entre nossas quatro paredes, entre nossas pedras na cachoeira, entre nossas pausas pra comer o peixe que ele pescou e assou.Eu esperando todo o tempo, cuidando da casa, lavando as vasilhas, um pé apoiado no tornozelo, mania que tenho.Ele sempre chega por trás, tentando não fazer barulho, mas eu sinto antes e finjo que não percebi.Ele gosta de achar que tem o dom dessa surpresa.

Esse moço, dona, já me deu trabalho. Foi difícil domar, cavalo doido solto procurando rapariga pra montar sem sela.Eu tive que quase não perdoar a primeira safadeza dele, se engraçando todo com a branquela azeda da rua da frente. Eu me fiz de besta.Mas depois que ele já tava bem lambuzado do assanhamento, tranquei as coisas dele do lado de fora da casa pra nunca mais abrir a porta. Deixei chorar, levar banana da terra pra mim, joguei tudo pros cachorros. Joguei fora até as presilhas que eu queria tanto e ele me deu pra eu usar nas festas. Eu tava machucada, dona, tava atarantada demais com aquela traição.

Pois aquele moço teve que chorar na minha porta, tava embebedado, é fato, mas parecia menino maltrapilho, cinco dias pelos bares, nem na casa do amigo ele não voltava mais.Banho só de mar.E a mesma roupa encardida das andanças.Rondando minha casa, chamando meu nome, dizendo palavras de amor, todo arrependido. Deixei ele sofrer mais de duas luas inteiras, porque eu gostava dele,dona, mas meu coração, quando ouvia aquele choramingar arrependido na minha janela, sentia era uma sapituca de raiva que eu me contorcia toda pra não jogar a água fervida do banho todinha nele.Quase costurei o nome da azeda que ele se engraçou na boca de um sapo, mas depois tive um esclarecimento na minha razão: que mal não se faz nem se deseja pra ninguém_ volta em dobro, já me dizia meu avô, Deus o tenha.

Foi que um dia, no forró lá no galpão de palha de seu Benevides, eu tava toda enfeitada na minha sede de vingança de fazer o mesmo, na frente dele, da cidade inteira. Pra magoar bem pisado aquele coração sem jeito. E teve uma hora, tocou aquela música de quando a gente namorou pela primeira vez. Aí me alembrei dele cantando pra mim, cara de menino levado,falando que eu era a morena mais bonita da festa, eu toda acreditada. Mas a lábia dele já era famosa, dona. A mulherada toda se enfileirava pra ser a próxima das aventuras.E foi aí que eu ia aproveitar pra dançar com aquele João Alves, da loja de ferramentas, que já me queria desde muito tempo.E vi meu homem, pensei que ia puxar briga, mas não: ele me olhou com uma tristeza, uma tristeza tão escura. Nunca vi um olhar tão adoecido, tão lamentoso.Parecendo que o mar inteiro sangrava.Só dele imaginar que eu ia me abraçar com o João naquela música que era tão nossa, dava pra ver o peito dele se arrebentando por dentro naquela olhada firme que ele me deu. Tive pena, não, dona.Tive foi o meu amor voltando, eu querendo cuidar pra ele nunca mais me olhar assim.Daquela dor que eu vi nele, nem gosto de alembrar.

Pois esse homem é tão meu agora, dona, que até enjoa, às vezes.Faz de tudo e mais um pouco pra eu não brigar de jeito nenhum.Até me ajuda com as coisas de casa. Eu já tive só mais um namorado, que foi antes dele.Um violeiro que me encantou pela voz, quando a gente acendia as fogueiras e ele era o centro das atenções cantando as canções sertanejas que eu mais gostava.Mas me entregar mesmo, de não resistir a essas fomes da carne, foi só com meu homem.Que até hoje ele ciúma desse meu primeiro. Disse que vai aprender a tocar violão pro outro não ter qualidade nenhuma que ele não tenha.Eu fico é rindo dessas bestagens.Mas no fundo eu gosto dele achar que nunca vai me conquistar direito, por inteiro, senão a coisa vai ficando abandonada, sabe, dona?Olha ele vindo aí, todo faceiro...deixa eu me aprumar, dona...Tenho que me ajeitar. Hoje é noite de lua cheia em nossa casa...

***Marla de Queiroz

De passagem...

Eu falo demais, ele de menos. Eu transbordo, ele recolhe. Escancaro. Ele ainda mistério. Eu sorrio as canções que sei, comento de um show, divido sonhos antigos, rio com uma piada qualquer. Ele observa. Toca. E boceja. Mais um copo. (Minha sensação é que eu existo demais. Me sinto julgada a todo instante, pelo meu excesso de mim, de vontades de vida, pelas enumerações. Descabida, será?). Ele não se expressa muito, apesar do sorriso. A luz se mantém acesa, nenhuma costura de fato acontece. E a gente se diz que é, já está mesmo tarde. Para nossas bocas, beijo. Só. Todo o resto entre nós é silêncio.

27 de abr. de 2009

Como é cansativo ser "bom"...

...e como eu me respeitaria se pudesse explodir e infernizar a vida de todo mundo durante 24 horas. Sem exageros; incorporar o egoísmo!

Aos Guerreiros (as)

"Todo guerreiro já ficou com medo de entrar em combate.
Todo guerreiro já se iludiu no passado.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era o dele.
Todo guerreiro já sofreu por coisas sem importância.
Todo guerreiro já achou que não era guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações espirituais.
Todo guerreiro já disse sim quando queria dizer não.
Todo guerreiro já feriu alguém que amava...

...Por isso é um guerreiro, porque passou por tudo isso, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era.”

Paulo Coelho

25 de abr. de 2009

Onde está você???

Eu quero sentar à mesa de um barzinho à meia luz, comer uma porção de qualquer coisa, bebendo qualquer coisa e conversar a noite inteira. Só quero ouvir você falando, me contando coisas que eu ainda não sei.

Eu adoraria te conhecer melhor.

Mas o problema é que ainda não te conheço...

... quem sabe hoje?
"O que a maioria das pessoas chama de amor são formas neuróticas encontradas para não ficarem sozinhas e costumam estar vinculadas a uma série de condições, caracterizando um jogo nem um pouco saudável. (...) Amor, de verdade, precisa ser incondicional. O amor incondicional liberta ao invés de aprisionar, faz crescer ao invés de conter, expande ao invés de comprimir."

Dr. Lair Ribeiro, psiquiatra.

Só quem entende de doido pode entender de amor mesmo.

24 de abr. de 2009

rolando no mp3

Eu tenho um barco para navegar as água turvas de uma paixão
E uma rede pra gente deitar, a noite inteira de papo pro ar
Pra você sonhar e não ter medo do amor, pra você guardei o melhor desse lugar
Veja só minha menina...O amor se escondeu numa estrela tão brilhante...O amor se escondeu
Eu tenho um plano pra gente fugir de tudo isso e não olhar pra trás
Por uma estrada onde ninguém nos vê, do horizonte que não tem mais fim

O Amor se Escondeu - Papas da Língua

23 de abr. de 2009

Fica o vazio do esquecimento...



Esquecer alguém é tão difícil, mas como é triste deixar de gostar.


Fica uma espécie de falta de assunto. Você cumpre sua rotina, faz tudo que deveria fazer, mas sente que te falta algo, além de assunto. Talvez aquela dorzinha latejante que te fazia consciente do teu coração pulsando o dia inteiro. E você tinha um objetivo tão grandioso: fazê-la cessar.


E um dia você nem percebe que ela se foi. O desconforto é outro: parece que não sinto nada. Meu corpo inóspito, sem habitação. Tenho minha alma larga, mas ainda sobra este espaço prum amor eterno que ele ocupava e que não existe mais. E eu tenho todo esse potencial amoroso entre as mãos e ninguém pra me ajudar a desenvolvê-lo. E conviver com esse “não gosto mais” vai ficando pegajoso.


Não há como recolher o que foi deliberadamente esvaziado de significado. Então é isso: Nunca mais vou sonhar com uma reconciliação, um reencontro ao som de violinos. Nunca mais vou imaginar que nos esbarraremos por aí, eu no meu melhor vestido, com meu cabelo incrível e um ar sereno. Ele todo lindo com os olhos salivando de vontade de mim. Nunca mais vou delirar que subo num palco repentinamente e canto só pra ele com uma voz perfeita em meio a uma platéia equivalente a um Maracanã cheio: todo mundo emocionado com o nosso amor. Nunca mais serei piegas.


Mas o que eu faço com esse “não gosto mais”? E se ele fizer tudo pra me trazer de volta eu simplesmente vou olhar nos olhos dele como quem tem os dedos presos entre a porta que se fecha e dizer sem rodeios: Não!? Assim como quem não sabe o que fazer com algo que se esperou tanto e que aconteceu somente quando perdeu completamente o sentido? Esquecer alguém é tão difícil, mas deixar de gostar traz um vazio absoluto. Porque até que outra coisa tão real e surpreendente aconteça, parece demorado e dá preguiça demais.


E quando estiver carente e me fizer deslumbrante e disponível terei que esperar que alguém interessante apareça com o mesmo blábláblá dos primeiros instantes, com a mesma perfomance das máscaras sociais.


Ele já sabia tanto quando eu nem precisava dizer. Era tão delicioso a gente só se olhar, cúmplices, e seguir por aí, de mãos dadas, tão donos do mundo. Era tão maravilhoso saber que meu projeto de vida era acordar ao seu lado todos os dias. Era tão excitante ficar atualizando a caixa de e-mails esperando o dele, saber do telefonema no meio da tarde, das mensagens sacanas que me faziam ouvir sua voz ao meu ouvido. Quer dizer que isso tudo ficou no passado? Que meu corpo está completamente destituído de afeto por ele? Foi pra isso que fiz tanto esforço? Foi pra isso que me desvencilhei de todos os resquícios dele num tratamento de choque radical de quem simplesmente rompe com tudo que possa levar a uma recaída?


E se eu quiser gostar de novo, não tem mais jeito? Mesmo que ele, finalmente, mereça (!) eu não vou querer mais?Porque a nossa relação me ocupava plenamente.E, agora, nas horas vagas e sem ocupação emocional, eu sigo mais vaga que as horas todas.(Nem a minha autosuficiência tem me bastado).Esquecer alguém é muito difícil, mas não lembrar pode ser ainda mais doloroso.
*
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Marla de Queiroz


(mas muito bem poderia ter sido escrito por mim, a Ju Dagger quando leu me disse: Dani, recebi um texto que é a tua cara!

Mas era pior, não é a minha cara, é o meu coração vazio!)

Sol quente na cabeça

Ouvi de uma amiga que eu estou diferente. Ela vem notando isso há meses. Eu também. Nem melhor, nem pior. Diferente, disse ela agora há pouco. Eu já acho que estou mais pesada, mais séria, menos feliz. Entendam, feliz de felicidade contagiante, como sempre fui descrita. "Daquelas pessoas que entram e iluminam a sala", me confessaram ao pé do ouvido em uma ocasião. Achei tão bonito isso. Sinto falta de ser assim, de poder me sentir leve de novo. As escolhas são nossas, eu sei, e resolvi calar quando devia ter sido ouvida, aliás, respeitada. Meu espaço é um bem muito precioso, não é todo mundo que pode penetrá-lo e hoje me sinto invadida. Não é uma boa sensação. Vem agregada de angústia, culpa por não ser tão generosa quanto deveria, ou pelo menos se esperava. Junta-se à raiva e às responsabilidades que não queria ter. "Tá pintando na mistura, saliva da besta-fera", já cantou Lenine. Falta maturidade? Sim, não nego. É isso. Meu caldeirão está em ebulição e pode derramar a qualquer minuto. Não quero que essa poção se espalhe, ela precisa sair de vez, secar, virar fumaça, sei lá. Preciso ir ver o mar. Logo.

Dia de São Jorge

Jorge sentou praçana cavalaria...eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham maõs e não me toquem
Para que meus inimigos tenham pés e não me alcacem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo o pensamento eles possam ter para me fazeram mal
Armas de fogo meu corpo não alcançarão...Facas e espadas se quebremsem o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar...
...pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge...

Jorge de Capadócia - Jorge Ben

22 de abr. de 2009

Frase do dia

"há atitudes que só uma mulher pode tomar."


(José Saramago em "Jangada de pedra")

O ser humano é vil. Doentio. Egoísta.
Ele não consegue me abandonar. Desapegar.
Desapego é a coisa mais importante que aprendi na minha vida inteira. Mesmo sabendo que não existe jeito, que me faz mal, que não existe a mais ínfima chance de qualquer coisa, ele ainda quer me guardar naquela caixinha debaixo da cama como ele faz com todas as coisas que gosta.
Diz que isso é amor. Isso não é amor.
O amor não deveria ser uma patologia. O amor deveria curar, não fazer sangrar nem matar nem fazer ninguém definhar.
Eu não sou sua. Eu não sou de ninguém. Eu sou do mundo, talvez. Eu sou minha.

Uma vez eu escrevi num guardanapo de restaurante, no auge da paixão, no auge de tudo, quando achei que ia morrer com ele, um poema do Leminski que que só consegui entender plenamente hoje. Naquela época eu sabia de coração. Agora eu esqueci. Sei que dizia algo como "não te quero só pra mim/nem poderia/te quero pro mundo inteiro/ quanto mais for o que quiser/mais será o que eu queria". Não era assim. Era bonito. Isso está tosco e um poema do Leminski nunca é tosco. Mas era isso que dizia.

Nenhum dos dois entendeu. Os dois se consumiram. O amor romântico morreu. Tudo morreu. A gente quase morreu. Sobrou, sei lá o que era aquilo. Um fogo morto que ainda queimava. E machucava. E eu não quero me queimar. Quero paz.

Já fui vingativa, ciumenta, possessiva, insana. Fazia parte da minha doença. Mas hoje a minha doença está dentro do meu bolso. Porque eu não vejo graça nenhuma em ser doente. Eu quero ser sã. Não quero o mal de quem eu amo. E se a minha proximidade puder causar algum dano, por mais que me doa, por mais que me entristeça, eu vou me afastar. Porque agora eu entendo que sangrar nunca foi a solução. Por favor não me deseje o mal, quero que você seja feliz.

Não fui capaz de te dar a felicidade eterna, nós não vamos ficar velhinhos juntos a beira mar como achávamos, nós não vamos ter mais filhos, nós não vamos ter mais nada. Acabou. Então eu espero que você possa ter com outra pessoa. Porque isso eu não posso mais te dar.

Não me odeie, não me deseje mal e não fique achando que eu fiz nada por vingança. As coisas acontecem. Você sabe. Me queira feliz também. E me deixa ir.

Eu sei que dói. Mas me deixa ir.

"Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba .O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima.... P.L."
É tão fácil viver sonhando, enquanto isso a vida vai passando...

21 de abr. de 2009

Só interesso aos interessantes.Faço questão de não interessar quem não me interessa... Pra evitar a fadiga.

- você é útil e apaixonante - disse ele.

Não lembro o que senti. Mas sei que senti. Achei que iria me apaixonar dessa vez. Achei que ia poder morrer de amor novamente e até voltar a sentir.Mas discutimos depois.

- eu gosto do irreal.
- e eu do real.
-pague a conta.

Sou platônica. Morrerei platônica. Eu me gosto assim. Mas quando fui ao banheiro minúsculo, uma sensação profana e profunda mesmo sem fundamento me invadiu. Fiquei me olhando no espelho e me gostando. Não reconheci a satisfação dos meus olhos. Mas eu gostei. Gostei de interessar quem não me interessa.

Concluindo que vou me cansar...

20 de abr. de 2009

Meu coração galinha de leão...

... não quer mais amarrar frustração.

Caetano Veloso - Eclipse Oculto

Dupla Personalidade

Dentro de mim tem um monstro. Quando eu estou sob pressão, ele aparece e estraga tudo o que eu fiz de bom antes.
Quem me conhece sabe como eu sou. Falante, desembaraçada, atenta, sempre cumprimentando o máximo de gente que der, sempre me esforçando pra ajudar, sempre tentando colocar um pouquinho de açúcar na vida, porque açúcar é gostoso que só e a vida da gente bem que podia ser melhor temperada. Eu tento ser uma menina legal.
Apesar de não saber ser meiga nem delicada nem feminina, e de não falar macio, sempre tento fazer um cafuné em quem estiver mais perto da minha mão, elogiar as coisas que merecem elogios (um batom lindo, uma comida ótima, um trabalho feito com dedicação).
Admiro muito quem é meiga-delicada-feminina, mas se eu fingisse ser assim estaria sendo hipócrita. Eu sou esculachada, rio bem alto mostrando a garganta mesmo, fico descalça sempre que dá. Eu danço quando gosto da música, eu bato palmas sozinha quando o ritmo me contagia, eu adoro MPB, eu danço forró sozinha quando não encontro parceiro, eu assumo quando acho um rapaz bonito. Eu sou uma menina mesmo. Menina-criança, menina-sincera, menina-agitada. Menina. O problema é o monstro.
O monstro aparece quando eu perco um arquivo do word sem salvar; quando eu tenho mais três pessoas perguntando coisas ao mesmo tempo (ex. teleone, msn e outra na minha frente!); quando descubro que mexeram nas minhas coisas sem autorização prévia; quando repetem a mesma frase sem graça dez vezes; quando alguém me conta alguma coisa e não tenho nada para responder e a pessoa fica me olhando, esperando a resposta... Mas, principalmente, quando eu estou nervosa e alguém fala "Calma, calma, calma..." e se vier apertando os meus braços pra me fazer sentar, eu viro o Monstro.
O Monstro usa frases curtas. O Monstro manda nos outros. O Monstro empurra as pessoas, faz cara de quem comeu e não gostou e desconta sua raiva nos outros. O Monstro tem vontade de arremessar as coisas na parede. O Monstro destrói amizades apenas com um olhar gelado e um frase cortante. O Monstro acha que nunca erra. O Monstro grita sem necessidade. O Monstro usa o sarcasmo como arma. O monstro age grosseiramente.
Eu não sei se eu sou a menina ou se o meu verdadeiro jeito de ser é ser monstro.

14 de abr. de 2009

Aiiiidaaaaa por favorrrrrrrr

Gosto de gente com defeito de fabricação.
Gente muito certinha do começo ao fim me cansa!
Gosto de gente que não mede conseqüências para conseguir o que quer (desde que não prejudique ninguém).
Gosto de gente que não usa relógio, nem pente. Gente que mete o dedo no merengue e onde mais entender sem dar maiores explicações.
Gosto de quem gosta de MPB. Não gosto de quem não sabe do que não gosta! G
ente indecisa me irrita! Decisões rápidas. Agilidade. Correr o risco. Dar a cara pra bater. Pular ou não pular, não é a questão. Ou pula, ou não pula!!!!!
Gosto de gente que dá presente, manda flores, leva pra viajar, beijo e bombom sem motivo aparente ou data marcada. Gente que conversa consigo mesma enquanto caminha na rua, gente que ri de si.
Gosto de gente que trata bem outras gentes como garçons, empregados, porteiros, balconistas e taxistas. Gente que diz 'por favor, saúde e obrigado'.
Gente homem que não abre a porta do carro, não paga a conta e não retorna as ligações, merece um pé na bunda.
Gente mulher que não respeita o espaço alheio, que fala alto demais, usa perfume muito doce, usa franjinha, sandalia-bota, que devora milhões de livros de auto-ajuda, também merece um pezão.
Gosto de quem gostava de caverna do Dragão.
Gosto de gente que gosta da vida que tem. Não gosto de gente insatisfeita, burra que se acha inteligente, então, nem pensar!
Gosto de gente que declara seus afetos sem rodeios: te amo, te adoro, te odeio, te quero, te preciso, te etc.
Gosto de gente que não gosta de poesia vazia, batida e barata. Gostos de gente ousada, com atitude.
Gosto de gente que gosta de botecos.
Gosto de gente que se permite ser gostada.
Gosto de gente inteligente que sabe que para receber, deve primeiro dar.
Gosto de gente que entende que tudo que chega, chega sempre por alguma razão.
Gosto de gente que tem a mesma teoria que eu: que os erros são as únicas coisas originais que fazemos.
Gosto de gente que está buscando o que nem sabe o que é mas continua buscando.
Gente que muda de idéia. Gente que admite erros e pede desculpas.
Gente que acima de qualquer coisa se esforça para ser pessoa.
Gosto de gente como a gente.

mais em: Garotas Daggers

11 de abr. de 2009

Por quê o amor morre na praia?

São tantos relacionamentos que começam, paixões que prometem durar toda a vida, mas depois de algum tempo, é fácil ver o amor morrendo na praia.

Tem gente que já na segunda saída se desencanta, outras pessoas mantém a chama acesa por alguns poucos dias ou meses.

Quem consegue um relacionamento de anos pode se considerar bem sucedido. Já o antigo felizes para sempre é uma raridade, quase uma relíquia. O que está acontecendo? O que leva as pessoas hoje a ficarem cada vez menos tempo juntas?

Antes de mais nada podemos dizer que vivemos uma enorme auto-afirmação do indivíduo. Foram tantos anos obedecendo regras, fazendo o que devia ser feito, andando em cima dos trilhos do certo e do errado, que agora uma grande parte das pessoas se rebelou e está completamente incomodada em dividir a liberdade com o compromisso de caminhar junto de alguém.

Por outro lado, a ideologia do prazer e do conforto tomou conta de nossas vidas de tal forma que não suportamos a idéia da dor. O problema é que para se relacionar com alguém você precisa abrir mão do que é imediato para entender a relação como uma possibilidade de crescimento.

O amor não é confortável. Na filosofia do tudo fácil e descartável, não cabe o trabalho que uma relação dá. Para estar com alguém você precisa entender o ponto de vista alheio, precisa abrir o coração, se colocar na pele do outro.

Também não é possível amar se você não tem uma comunicação bem transparente e corajosa. Se você é covarde e economiza as suas palavras, se você não expressa o que sente e pensa, fica muito difícil manter um relacionamento vivo. A tendência é não falar, é não manifestar o que está mal resolvido como ressentimentos, raivas. Assim a relação esfria, perde a vitalidade, fica superficial.

A falta de generosidade também é um grande problema. Na convivência, os casais esquecem de manifestar o seu amor, pensam que não é necessário dizer palavras doces, presentear o outro com o romantismo que caracterizava o começo da relação. Feito uma plantinha que precisa de água para sobreviver, a relação também pede como alimento o carinho. Sem ele, nada feito.

Por que o amor morre na praia? Ele morre pela falta de cuidado, morre pela falta de consciência. Se você pensa que o amor acontece por si, está enganado. O amor é forte e frágil ao mesmo tempo. Ele brilha e irradia sua luz quando os amantes estão vivos, criativos e aptos para a relação, caso contrário, ele não tem condições de sobreviver.

Por Sergio Savian



Vai dizer que em certos momentos na tua vida tudo poderia acontecer. E tu já pensou que também nada pode acontecer?!? O pior é que, hoje em dia, não se pode ser profundo!!!


Copiado do Nélio - Nêgoooo o Soul Surfer faz falta na minha vida!

10 de abr. de 2009

Desculpe meu amigo, mas não dá para segurar...

Tem dias em que me pego pensando em você desde a hora em que acordo até a hora de dormir. Vivemos tanta coisa em tão pouco tempo! Teríamos vivido muito mais se a morte não existisse.

Quantos bombons já teríamos consumido? Quantas caminhadas na praia já teríamos feito? Quantas vezes teríamos jogado sedução? Quantas declarações teríamos feito um para o outro? Quantas vezes teria me protegido dos "caras errados"? Quantas "pastas ao molho quatro queijos" compartilharíamos?

Hoje entendo sua pressa. O desespero para encontrar “a mulher certa”, passar em medicina, morar sozinho na Cidade Baixa. Como era engraçado ver você planejar sua vida! Ri tantas vezes de suas grandes paixões que não duravam mais de um mês, ri também dos nomes que escolheu para os seus filhos. Ria quando me pedia para escolher o perfume, a camisa...Hoje entendo sua pressa: eu, como todos os nossos amigos, tinha todo o tempo do mundo - você não.

Procuro pelos cartões que você me escreveu, lembra deles? Ouço Skank, Greenday - e choro. Abro o Euclídes da Cunha, presente seu, que nunca li. Mas dos ursos de pelúcia ainda não consegui me desfazer. Ouço ainda a sua voz. Vejo seu rosto. Nem deu tempo de aprender capoeira! Nem de irmos juntos a Portugal, Minas Gerais e Mato Grosso.

Nos dias em que sinto saudades, acredito mais no que nunca que existe outra vida além desta, que você está por perto e que iremos nos encontrar algum dia.

A turma da medicina se formou, eu continuo fumando... 19 de abril está chegando e o coração aperta um pouco mais... 8 anos de saudade, e quando essa viagem acabar... iremos nos encontrar!!!


"É quando seus amigos
Te surpreendem
Deixando a vida de repente
E não se quer acreditar...

Mas essa vida é passageira
Chorar eu sei que é besteira
Mas meu amigo!
Não dá prá segurar..."

Vida Passageira - Ira

Pro dia nascer feliz....

- Bom dia, menina bonita!

É assim que um lindo menino, de olhos azuis arregalados e sorriso alegre, me cumprimenta todos os dias quando estou indo para o trabalho. Ele caminha de mãos dadas com a avó, mochila nas costas e uniforme escolar. Sua idade, não sei. Não passa de três anos. Seu nome, desconheço. Retribuo o sorriso, respondo o bom dia e sigo feliz. Com a alma leve. Cheia de mim. Criança é sincera, verdadeira. E se aquela criança linda, que não sabe meu nome gosta de mim, deve ter alguma razão. O menininho sabe que sou uma boa pessoa.

Cupidos



Uma das coisas mais engraçadas de estar solteira é ver os amigos virarem Cupidos. A impressão é de que todos querem arranjar um namorado para mim:

- Quero te apresentar um amigo do Léo! O que você vai fazer sábado?

- O que vai fazer na sexta-feira? Levo um amigo do Diego!

- Dançar neste fim de semana? Tem um primo do Marcos, novinho, que você vai gostar.

Tenho me divertido um bocado com essa história toda e tenho um pedido a fazer:

Senhores Cupidos, não me apresentem Capricornianos, Taurinos, Advogados (ou estudantes de Direito), Engenheiros (ou estudantes de Engenharia), Meninos mais novos do que eu, Fabrícios.

O risco de me apaixonar é grande.

Apaixonada, emburreço.

Burra, sou péssima companhia.

Alguma dúvida?

9 de abr. de 2009

trechos titãs...

Teus olhos querem me levar...Eu só quero que você me leve
Eu ouço as estrelas conspirando contra mim
Eu sei que as plantas me vigiam do jardim...

As luzes querem me ofuscar, eu só quero que essa luz me cegue
Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro...

Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro
O meu corpo não quer descansar
Não há guarda-chuva (não há guarda-chuva) Contra o amor...

O teu perfume quer me envenenar, minha mente gira como um ventilador

...

...Eu estou no meio da rua, você está no meio de tudo
O teu relógio quer acelerar, quer apressar os meus passos

(obrigado w...)

Tinta fresca, mulher idem

"Me manda um torpedo quando você sair da manicure" é o tipo do pedido que só um homem é capaz de fazer.

8 de abr. de 2009

Hoje não estou com vontade de ser simpática, nem de procurar a melhor solução, nem de pensar no que vou dizer, nem de agüentar brincadeirinhas, nem de ter paciência, nem de meditar, nem de tolerar aquele mantra que fica ecoando na minha nova cabecinha zen, nem de fingir que eu não sei que estão querendo me sacanear, nem de suportar gente que me incomoda só pelo fato de existir. Não estou com vontade de nada muito controlado. Hoje sou só instinto, cão raivoso. Escrever isso me fez descobrir o óbvio: tpm, claro.

Para manter a calma

Segundona e eu até que estava feliz, cantando na chuva. Mas as coisas vão se atropelando e dá vontade de enlouquecer de vez. Aquela coisa horrorosa que faz revirar o estômago está presente. Preciso me livrar disso sem atingir alguém. O ritmo é absurdo. O clima está tenso. Quem sabe escrevendo...
A mulher que guardo em mim não conhece limites.
Ignora as convenções.
Não aprendeu a disfarçar.
Guarda um bocado de impaciência e alguma ingenuidade.
Ri escancarado, sem vergonha de ser quem é,
sem vergonha alguma.
Essa mulher que encontraste quando tropeçaste em mim não te pertence
porque não pertence a ninguém – nem a mim mesma.
E não duvida que ela te encante
te persiga
te preencha.
Que o que parece inofensivo, me acredite,
nunca é.

5 de abr. de 2009

Esclarecimentos

Às vezes é ficção
Às vezes aconteceu com outros
Às vezes aconteceu comigo
Às vezes está acontecendo
Às vezes já aconteceu faz muito tempo
Às vezes é só um pensamento, uma música ou texto que acho bacana e que combina com o momento.

Mas acima de tudo, o que aqui é escrito, é escrito por e para mim! Sou leonina, egocêntrica, esgoísta e mais: exibicionista.

E o que você não viu com os seus olhos, não sabe o contexto e apenas IMAGINA do que se trata: não propague com a sua boca... cambada de fofoqueiros!!!

(sobre o que é escrito nessa página)

3 de abr. de 2009

A gente faz uma história quando acontece desse jeito: tu é aquela menina que não bate bem da telha e eu sou aquele cara que levanta a sobrancelha.Sigo esse nosso caminho sem precisar de escolta e ninguém em volta entende essa parada.Mas quanto mais tu me solta, diz que acabou, mais eu quero ser o teu namorado!
Estava lembrando de uma vez no Ouvidor, depois de um dia incrível de praia, tu encostou a cabeça no banco do carro e fiquei olhando e sendo olhado, nos olhos. Comecei a sentir tua mão fazendo um carinho leve no meu rosto. Aí me perguntou se eu estava sentido. Não respondi nada, mas eu estava.Amor, muito amor.

Depois de ontem...

Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Então a gente vai fugir pro mar
Eu vou pedir pra namorar...você vai me dizer que vai pensar
Mas no fim, vai deixar
Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Sem ter mais mentiras pra me ver
Sem amor antigo pra esquecer
Sem os teus amigos pra esconder
Pode crer, que tudo vai dar certo...
Uebaruê iô, Sou Pescador, sonhador
Vou dizer pra Deus nosso senhor
Que tu és o amor da minha vida
Pois não dá pra viver nessa vida morrendo de amor
Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Você acredita em uma outra vida, só nós dois?
Pode crer, que tudo vai dar certo....
(Armandinho - Outra Vida)

O meu sol gostou do teu sol


Dá Choque!!!

Essa mereceu até ser postada durante o horário de trabalho, para não perder o timing da indignação... Minha Nossa Senhora da coca light sem gás! Smoke time no escritório. A colega de trabalho está cabisbaixa, entristecida, com aquela cara de cachorro que caiu do caminhão em dia de mudança. Entre uma tragada e outra me questiona, “psicóloga, porque é que a gente faz as coisas e depois se arrepende?”. De sopetão eu respondo que é porque não pensou direito antes de fazer. Mas depois que ela começa a contar a última do bofe com quem anda saindo, percebo que pensar não tem absolutamente nada a ver com isso. Nem de perto.
Ela conheceu o camarada num barzinho. Ficaram se olhando, e quando ela resolveu ir ao banheiro ele a interceptou no caminho. Começaram a conversar, papo vai, papo vem, uma troca de telefones, uma chamada no dia seguinte, duas ou três saídas para jantar e beber drinkezinhos básicos por esta vida de meu Deus, nada de sexo por enquanto. Super okei.

O rapazote saiu do relacionamento anterior há alguns meses. Ela, solteiríssima-da-silva-sauro há 7 anos, tava doida de saudade de gostar de alguém, e ta aí que ta gostando. Apesar de ainda não ter rolado mão-naquilo-aquilo-na-mão, a coisa anda quente através da troca de emails abastada durante o expediente – ai!, que o menino do CPD do escritório deve se divertir horrores em seus momentos de voyeurismo virtual – e noutro dia o fofo disse que adoraria passar uma noite com ela.
Mulheres, ó esfinge, decifra-me ou te devoro que são, não precisam muito mais do que isso para se enxergar esquizofrênicamente-light enamoradas por homens que nem se sabe se são bacaninhas ou canalhas-aborígenes. E ela, que não foge à regra, ousou ter a pachorra de cogitar a mais vaga idéia de convidar o primata de sexo masculino para acompanha-la a um casamento. É, casamentinho assim, petit comittè, nem era pra tantas pessoas, a família dela nem ia estar presente em massa e provavelmente ele seria apresentado apenas pelo nome, sem demais predicados do tipo, “este é fulano, meu amigo” ou “sicrano, meu namoradinho”. Numa escala de 0 a 10, apresentava risco contra a pessoa nota 5. Ponto. E pronto.
Diz ela que só percebeu a besteira que tinha cometido quando ele ficou mudo. Lê choquê tombê. Lívido. Branco. Pasmo. E disse que ia pensar. A menina ficou muda. Lê choquê tombê. Se fez de blasé. Mas não colou não.
Desde quando chamar uma pessoa para fazer companhia num casamento – desculpa, mas é sempre uma boca livre interessante – virou coisa mais íntima do que dizer que gostaria de passar a noite com ela?
Quem foi que inverteu os valores, somou o indivisível e multiplicou por zero, deu nessa subtração elevada a coeficiente negativo... E se esqueceu de avisar às mulheres?

2 de abr. de 2009

Não me peçam para ser vento pq eu sou tufão...
Aonde existir fé, dedicação e persistência existirá o êxito.
O entusiasmo é a energia mais contagiante que existe.
Sem tesão, não há solução.


1 de abr. de 2009

Esse é teu...

Não sei bem ao certo explicar o que acontece quando alguém, logo de cara, já representa para você mais que um amigo, simplesmente te faz sentir que vocês se pertencem.
Que tipo de gente é essa que te eleva a essa condição tão especial de dividir sua vida, seus momentos, seus sorrisos, seus gostos? Acredito ser do mesmo tipo que te faz sorrir para o vento que passa ou ser o motivo de pensamentos persistentes que ocorrem até em músicas não necessariamente românticas. É o seu par na dança e na ciranda dos seus dias, tornando tudo melhor.
O dia acontece com gosto de horas que passam correndo para o encontro desejado. A noite acontece abraçada com os sonhos que nascem na paz de dormir lado a lado.
Assim, eu me entrego e me rendo no jogo, mas não o perco. Ganho a sua presença em minha vida a me mostrar a possibilidade das impossibilidades, caminhando...sem os pés no chão. Amo. Muito.

Filosofia...

(Imagine violinos melosos como música de fundo)


O amor não é complicado... Complicado é colocá-lo em prática...


(Agora pode vomitar)