Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

28 de jan. de 2010

Então ele disse:

Passo por momentos parecidos
dias confusos, complicados, de pouca autoestima, muita pressão
dias de desconfiança, total descrédito em mim mesmo
dias de frustação, de quase perda da esperança
foda
mas vai passar...

27 de jan. de 2010

sobre entendimentos...

Eu não peço que me entendam, porque isso vem sendo complicado demais até prá mim. Então eu não exijo que ninguém compreenda exatamente o que se passa pela minha cabeça quando me fogem as palavras ao tentar explicar todo esse mar de sentimentos que me toma o pensamento a cada pôr do sol.

De certa forma eu tenho medo, e o medo é uma das razões pelas quais ando tendo tanto receio em dizer sim às coisas. Minha terapeuta afirmava que o meu maior problema é que eu tenho medo de ser feliz. Que afasto a felicidade de mim como os loucos afastam de si a realidade, que pode ser doída demais. Talvez ela esteja certa.

Então eu não peço que você me entenda, e não peço que me apóie e não peço nem que me ame – este é o não mais difícil de ser exercitado. Mas não nego que tenho medo que, quando você descobrir que aquarela confusa sou eu, se afaste de mim e tudo o que sobrará será um imenso mar de coisas que não aconteceram.

...

Dizem que vim de dentro da barriga de minha mãe.

Mas às vezes acho que vim das estrelas, que sou pó de diamante, de alguma explosão lá no espaço sideral. Um pó de estrelas. Meus pedaços, reunidos entre si, representam apenas partes de um todo muito maior, repleto de energia e que, definitivamente, não é deste planeta.

Dizem que vim de dentro de meu pai, mas acho que vim de um vulcão. Em minhas veias corre magma, de meus olhos brota fogo, meu espírito sempre em constante atividade pulsa em puro abalo sísmico.

Dizem que sou fruto de um amor; às vezes penso que sou produto de um delírio. Talvez eu seja apenas a alucinação de um doido lunático, sou sua amiga imaginária que ingenuamente acha que existe, e o enche de perguntas.

Dizem que sou feita de carne e ossos, mas sinto que sou feita de areia – sou resultado de algo em erosão, desmonto e me transformo tão logo venha a maré, faço parte do fundo mar, vôo com qualquer brisa que sopre. Sou leve, densa, cheia de vida.

Dizem que não vivo sem ar – eu digo que sou o próprio ar e suas partículas em suspensão. Sou um tornado que gira, cresce, ganha força e destrói tudo que é frágil, tudo o que estiver despreparado pra ter suas raízes arrancadas por um furor natural. Destruo o que for leve e sem alicerces, não deixo intacto nada que não tenha um mínimo de sustentação.

Fecho meus olhos e vejo as estrelas, girando em volta de mim como satélites em órbita. Sou apenas parte de uma coisa muito maior. Talvez apenas uma bolinha de pêlos numa blusa de um gigante, que um dia a bota pra lavar, e vira minha vida de pernas pro ar.

Dizem que sou grande.
Eu digo que isso é relativo.

No fundo, sou apenas mais um pontinho, num quadro de pontilhismo, na obra de alguém por aí.

Um vulcão, um delírio, o vento. Um grão de areia, um solo em erosão.

Pó de estrelas...

Eu, em expansão.

14 de jan. de 2010

Ainda sobre recomeços...

É absolutamente linda e mágica a capacidade que temos de recomeçar.
Tenho colecionado recomeços e falo isso com um certo orgulho.
É que recomeçar é não desistir de você mesmo.
De repente eu tô aqui sorrindo para o vento que passa ...
Inspirada até com os trabalhos mais chatos ...
Meio boba, meio criança e leve.
Porque para mim a vida é isso, uma estrada sem fim... onde cada curva é um novo recomeço!

 

Recomeços

Sabe quando você sabe que pode mudar muita coisa que não gosta?
Pronto.
Você então tem duas escolhas: ou muda ou fica naquela mesmíssima merda.
E acreditem: isso invariavelmente também define o ser feliz.

Agora eu vou dizer uma coisa, eu mesma sempre tive medo de mudanças.
Tive e tenho, mas nunca deixei de ministrá-las.
Tenho uma responsabilidade enorme para com a minha pessoa.

Talvez eu tenha me viciado nos recomeços.
Talvez as mudanças sejam como um alimento pros meus dias.
E talvez eu não aceite nada menos que tudo, o que é bem mais provável...
Isso tudo porque eu ainda não aprendi a abrir mão dos meus sonhos.
E sabe ... isso aí eu não vou aprender é nunca.

Vamos em frente?

11 de jan. de 2010

1 de jan. de 2010

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo...

2009 foi um ano de descobertas. Me descobri apaixonada, me descobri fechando uma porta que achei jamais conseguir fechar. Descobri um câncer no meu pai, descobri uma outra doença séria na minha mãe e por fim, em mim também. Descobri o quanto pessoas que consideramos podem ser mesquinhas e pequenas, porém confirmei que amizade sincera ainda é a coisa mais linda que um ser humano pode conquistar...

2009 foi o ano das reviravoltas. Reviravoltas na vida pessoal pois na profissional está tudo na santa paz e sou privilegiada por trabalhar no que gosto e numa empresa feita de pessoas. Pessoas que sentem, falam, entendem, mas principalmente pessoas que sabem o significado da palavra equipe...

2009 foi um ano de dor. A dor da perda da minha Avó com certeza foi a maior delas. Mas teve a dor dos sentimentos incompreendidos, a dor de me sentir de mãos atadas em diversas situações...

2009 foi o ano em que se encerrou uma década e também foi o ano em que foram encerrados ciclos importantes, e só tenho a agradecer à Deus, minha Família e aos amigos que sempre estiveram presentes nesses momentos de evolução.

2009 foi um ano de aprendizado e para 2010 pela primeira vez não houve simpatia para saúde, sorte, amor ou dinheiro... foi o primeiro ano longe do mar. Foi o primeiro Ano Novo que passei olhando para lua cheia, rezando... agradecendo mais do que pedindo...

o meu desejo de Ano Novo é tão piegas, mas não menos sincero: desejo saúde, paz, harmonia, alegrias, amigos sinceros, família reunida e humildade...

UM FELIZ 2010 PARA MIM E PARA VOCÊ...