Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

18 de ago. de 2010

O Novo, já nasce velho

A vida ensina, sempre. Independente de idade, sempre há descobertas e surpresas para todos nós. Nem todas agradáveis.
Sofrimento, dor e choro foram companheiros inseparáveis por um tempo. Portanto, posso dizer que, além de ter sobrevivido (e de ser um pouco exagerada), aumentei muito meu estoque de sabedoria.
Claro que algumas das coisas que digo que aprendi, na realidade eu já sabia. Simplesmente não as enxergava e precisei de muita bronca, conversa e terapia pra abrir os olhos.
Parecem descobertas óbvias, e até são, mas o caminho que me fez chegar a essas conclusões, não foi nada óbvio.

Essas são só algumas dessas descobertas nas quais prometi pensar mais daqui pra frente:

* Não posso querer que as pessoas ajam como eu agiria se estivesse no lugar delas. Assim como não posso esperar que sempre aceitem ou entendam minhas ações.

* Mesmo duas pessoas se gostando muito, não significa que elas vão conseguir ficar juntas por muito tempo.

* Se eu quero, eu posso e consigo.

* Recordar nem sempre é viver, às vezes é perder tempo.

* Um sonho alcançado nem sempre será tão legal quanto imaginávamos.

* A incerteza em relação a um desejo pode nos mostrar que tal desejo nunca tenha sido uma certeza, como se pensava.

* Não posso sempre querer entender e consertar minhas relações que não dão certo. Muitas vezes não há o que fazer e preciso me conformar com isso, mesmo que me incomode muito.

* Preciso parar de buscar o perfeito, para buscar o certo.

* Posso querer falar e desabafar, mas nem sempre os destinatários estão dispostos a me ouvir. Preciso guardar minhas opiniões só pra mim e isso não pode me incomodar.

* O tempo cura quase tudo, mas pode demorar muito a passar.

* Muitas e fortes emoções podem tirar o foco de questões mais importantes da vida.

* Pessoas que não externam seus sentimentos costumam ser mais difíceis de lidar.
* Nunca vou corresponder cem por cento às expectativas dos outros, e isso não pode me fazer sofrer.

* Inovar pode causar arrependimentos, ao contrário do que se costuma pregar por aí. O que não significa que vá permanecer sempre tudo igual.

* Maturidade não é uma questão de idade.
* Preciso aprender a ouvir mais e falar menos quando estou perto de pessoas pouco conhecidas.

* Não existe beleza padrão.

* Perguntar demais pode ser “over”, pois o perguntar não garante nenhuma verdade ou nenhuma reposta.

* Preciso parar de me preocupar com os “e se...?” da vida.

* Com o tempo as pessoas mudam (às vezes para pior), e enxergar isso em vez de se prender a uma imagem errada, é um processo complicado.

* Indecisão pode representar uma enorme perda de tempo.

* Preciso delimitar meu espaço de forma radical, já que alguns não conseguem enxergar quando preciso ficar sozinha no meu canto.

* Posso e devo ouvir opiniões e conselhos, mas a palavra final sempre tem que ser a minha, mesmo indo de encontro a tudo que me foi dito.

São dois sóis

Um mergulhado no ázul do céu, outro no verde do mar. Mão direita toca a água e faz o sinal da cruz. Respeito e proteção. Caminha em direção a esse horizonte impossível, olha pra trás e sorri iluminado. Lava a alma e volta pra casa.

13 de ago. de 2010

Meu Aniversário

Então, eu sei lá...

Sei lá se isso tem nome.


Sei lá se é Deus mesmo falando comigo, sei lá se tudo isso é real ou se se trata de uma grande e complexa armação da rede de coincidencias. Sei lá se coincidencias existem. Sei lá se todas as nuvens escuras hão de chover algum dia.

Sei lá se nada dura para sempre.

Sei lá se todas essas pessoas maravilhosas que eu tenho na minha vida vão permanecer comigo, sei lá se tudo que é vivo vai morrer um dia. Sei lá se todo sorriso um dia se acaba, se todo perfume um dia é levado pela brisa, se toda cor há de se acinzentar um dia.

Sei lá se os fins justificam os meios.

Se um dia a Terra vai parar de rodar, se o Sol sempre vai nascer pela manhã e morrer ao final do dia. Sei lá se a ordem das estações da Natureza é imutável, se toda segunda-feira mais cedo ou mais tarde vira terça. Sei lá se um dia vou viver meus sonhos.

Sei lá se toda luz um dia se apaga.

Sei lá se toda estrela já morreu há milhões de anos, sei lá se a espuma branca que a onda carrega prá areia é cemitério de sereias. Sei lá se o tempo não pára, sei lá se é preciso ideologia e sonhos e fantasias pra viver. Sei lá se a morte tá viva e se a vida significa um minuto mais, um minutos a menos.

Sei lá se nada se cria e nada se destrói, sei lá se tudo se transforma.

Sei lá se todo fruto colhido já está morto. Sei lá quanto medem os anos-luz, sei lá se o que é verde prá mim não é vermelho pros outros. Sei lá se existem verdades universais, sei lá se os dogmas não existem justamente para serem questionados. Sei lá.

Sei lá se quem não sabe amar vive esperando alguém que caiba nos seus sonhos.

Sei lá se existe amor. Sei lá se existem pingos nos is a serem colocados no amor porque amor não tem i. Sei lá se as pessoas são capazes de enxergar a realidade ou se enxergam simples e nebulosos reflexos de si mesmos nos outros.

Sei lá se o tempo não pára.

Sei lá se um minutos tem 60 segundos, se 60 minutos formam uma hora e se o dia tem ainda 24 horas, porque as horas passam cada vez mais rápido. Sei lá se tenho o poder de fazer o tempo ser mais lento. Sei lá se existe felicidade, alegria, sofrimento. Sei lá se não aguento mais uma mesmo, sei lá se esse ciclo se encerrou, sei lá se existe um fim prá todo o ciclo e, se existir, sei lá se sei reconhecer meus ciclos. Sei lá.

O que sei... O que sei... O que sei?

Sei lá.

Filosofia do dia...

... A prudência também é um risco!

11 de ago. de 2010

Voltando ao normal

azucrinando e me divertindo.