Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

30 de nov. de 2010

A cada volta.

Sou a mesma, mas completamente diferente.


Você me encontra outra e nem desconfia.

E se desconfia, disfarça.

Trechos de email

(...)


Estou com mtas saudades de todos que estao longe.


Ontem, tive uma crise de saudade de qdo eu era outra pessoa, dos tempos de facul, das nossas risadas e cafes, de ser mais adolescente e menos adulta, de ter um milhao de sonhos e um bocado menos de realidades.


Estou com saudades.


(...)

18 de nov. de 2010

A RAIVA CONSTRÓI...

QUANDO alguém nos magoa e nos faz sofrer, o que acontece? Ou se sofre, o que em grande parte das vezes termina em depressão, ou se fica com muita raiva, o que é bem melhor. Mas a raiva -foi o que nos ensinaram - é um sentimento feio, baixo, que pessoas superiores não devem ter. Mas> vamos discordar: uma boa raiva com motivos é saudável, e faz muito bem à pele, ao coração e à alma, além de evitar o infarto. E quem está querendo ser superior?
Conseguir ter raiva é excelente para a saúde física e mental; a depressão nos leva para a cama e tira a vontade das coisas mais banais, como tomar banho, passar uma escova no cabelo, comer, ler, quem não sabe? Já a raiva faz com que se façam coisas, mesmo que sejam coisas erradas. Na depressão você não se levanta nem para ir a um cabeleireiro; já na hora da raiva você pinta o cabelo de vermelho, o que é muito melhor do que ficar prostrada olhando para o teto.
Exemplos são sempre ótimos: se uma mulher é abandonada por um homem, entre a tristeza e o ódio, o que é melhor? O ódio, claro. Por raiva e ódio as pessoas querem e devem mostrar que não é qualquer coisa que as derrubam.
A primeira providência de uma mulher (saudável) com raiva é pensar: "Como é que vou me vingar?" Em primeiro lugar, mostrando que não está sofrendo. Para isso é preciso estar na sua melhor forma, razão mais do que suficiente para perder aqueles três quilinhos, comprar um vestido novo, pegar um sol, aposentar definitivamente o uniforme tênis e jeans e voltar a usar um bom salto alto. 
Parece bobagem? Pois não é. Dificilmente você vai ver uma mulher se equilibrando num salto oito com depressão. De salto, automaticamente se encolhe a barriga, se levanta o queixo, e os ombros ficam na posição certa, como se desafiasse o mundo. Se cruzar com ele, não é melhor estar maravilhosa do que arrasada?
Uma coisa leva a outra: por sentimentos nobres como o amor próprio, o orgulho, a vaidade e a raiva, não se deixa a peteca cair - em público, pelo menos-, e com isso vem o hábito de não deixar a peteca cair nunca, a não ser no divã do analista.
Pense um pouco: se você é normal, deve ter raiva de alguém. O que deve fazer para irritar esses alguéns? Ficar linda, maravilhosa, ter sucesso, ser vista sorrindo, vibrando, enfim, ser feliz.
Digamos que você seja uma desenhista de moda e que esteja sem a menor inspiração. Faz o quê? Pensa numa pessoa que detesta e imagina a glória de fazer um trabalho elogiado, que faça com que você se torne a melhor de todas. Só de pensar nesse delicioso prazer, é capaz de baixar em você o espírito de Balenciaga e o trabalho fluir fácil, só de raiva.
Quando for ao jornaleiro da esquina, pense que pode se encontrar com ele -aquele que fez você sofrer tanto-, e é claro que vai se realçar antes de descer. Se acontecer, não vai ser ma-ra-vi-lho-so ele ver como você está muito mais linda agora, sem ele? Deve estar sendo muito bem tratada, ele vai pensar. E pode ser ainda melhor: encontrar na esquina outro que te faça feliz para sempre por uns tempos -ou não?
Por isso, querida, quando vier aquela raiva cega, aquela vontade de gritar, de xingar, de matar, transforme toda essa energia a seu favor.
Assim como o amor constrói para a eternidade, a raiva pode construir a prazo bem mais curto -e de superior e inferior, afinal, todos nós temos um pouco.
Uma delícia, ter uma boa raiva; e sobretudo, muito construtivo.

(Nem que depois, ao chegar em casa, chutes os saltos e deixe cair umas boas lágrimas. Isso também faz bem...desabafa um pouco o coração magoado. Concordas?)

Danuza Leão, enviado por email por Carol Dadalt 

16 de nov. de 2010

Diferenças

eu noite, ele dia

eu boêmia, ele saúde


eu café, ele suco


eu música, ele tv


eu banho quente, ele banho frio


e por ae vai...

12 de nov. de 2010

Perguntas Difíceis, Respostas Óbvias

Certa vez perguntaram a uma garota: "o que um homem precisa para ser ideal?"
e ela disse: "ele não pode ter medo."
"- não pode ter medo de nada?"
"- não pode ter medo de mim."

O Silêncio da Noite

Acho que morar sozinha faria muito bem à minha escrita. 
Venho percebendo que vou lá fora, falo com pessoas, twíto, leio, vejo jornal, ando na rua, vejo táxis...
Depois, à noite, quando estou sozinha em silêncio no meu quarto, ouvindo poucos carros passarem sozinhos na rua, com a luz já a meia luz só lá longe na cabeceira, eu sento e muitas idéias vêm inteiras na minha cabeça. Não há mais fragmentos cortados por mais uma informação que chega ou mais um telefone que toca...
É nessa hora que está tudo em silêncio, menos eu. 
Eu tenho discursos prontos que minha cabeça parece ter passado o dia todo tecendo. Eu tenho histórias completas e detalhadas sobre seres, músicas e poemas, críticas, argumentos e protestos. 
Quando eu deito e apago a luz, logo antes de adormecer, é quando a solidão começa a cantar e as palavras começam a me sair pelos poros. Acho que por isso sonho. 
Quando acordo, o barulho e o mundo esmigalham todas as idéias de novo e começo de novo a tricotar.

11 de nov. de 2010

All you need is love bom senso.

10 de nov. de 2010

Medo (des)Conhecido

O medo do desconhecido é mais antigo e batido que qualquer outra coisa em que eu possa pensar, mas quando bate à porta e se percebe que afinal esse desconhecido é mais um esquecido ou um indesejado, a coisa muda de figura e chega a hora de encará-lo. de frente. de peito aberto, com direito a silicone e uplift.



Claro que quando se percebe isso, ao mesmo tempo que se pega a espada pra seguir em frente, o medo começa a tomar toda uma outra forma e - pasme! - fica pior. Descobre-se que é medo do conhecido, mas empurrado lá pra baixo, pros confins do in(ou sub)consciente. É medo que não é real, mas que já foi um dia, e passa a ser hoje um medo com uma carga de tempo grande demais pra conseguir enfrentar de cara limpa.




...
Gostava mais de quando eu tinha medo de dormir sozinha no escuro... a mãe sempre deixava uma fresta de luz e ficava segurando a minha mão, até adormecer.

9 de nov. de 2010

Muito sono. Milhares de detalhes. Alguns planos. E um caminhão de desejos.

Ahhhh as amigas...

Ontem, recebi uma surpresa muito gostosa.
Mesmo não tendo tempo pra matar as saudades da minha amiga querida. Ela passou em casa e deixou um presente. Um livro. Ame e dê vexame, Paulo Freire.
Será que entendi as entre linhas? É, foi o que perguntei pra ela quando nos falamos à noite... Ela me conhece bem e sabe dos micos que já paguei em nome do amor.
É, ela tem razão. Melhor nem discutir.

3 de nov. de 2010

Mas eu tô tão felizzzzzzz... dizem que o amor atrai!!!

1 de nov. de 2010

Desgosto

Eu não desgosto de trabalhar. Claro que desgosto menos de não trabalhar. Mas o que eu desgosto de verdade é da necessidade de fazer de conta que se está trabalhando – desgostando-se ou não.



Simplificar urgente. Acabou, pode ir embora. Tem sol. Tem tempo. Tem jeito?
E se ele me transformar em geração saúde?