Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

27 de jun. de 2012

Intimidade

Não é o cinema acompanhado, as noites de sábado com programa garantido, o sexo quando der vontade.

Não é ter alguém pra chamar de seu, não são as mensagens de bom dia, muito menos alguém pra quem comprar presente no Dia dos Namorados. Suspeito que o que as pessoas tanto busquem quando dizem que estão procurando um amor é a tão querida intimidade. Aquela coisa de querer dividir vontades, revelar segredos, contar coisas que você não contaria pra qualquer um. Intimidade é abrir a porta para o seu íntimo e deixar que o outro mergulhe nessas águas profundas e, muitas vezes, turvas.

O fato é que não é possível escolher os íntimos – eles simplesmente são.

Tem gente que força intimidade com os outros, como aquela pessoa que twitta o café da manhã diariamente, avisa quando vai tomar banho e – por que não? – posta uma foto de toalha pra a web ver. A intimidade forçada tenta ser aquela mesma, tão natural, que deixa a gente à vontade pra sair do banho de toalha na frente da prima. Mas ela jamais será. Acontece o mesmo com pessoas que se entitulam amigos íntimos de todo mundo mas que, na hora em que bate aquele desespero na madrugada, não têm ninguém para quem ligar. Afinal, só os íntimos ligam na madrugada para desabafar as dores do mundo em meio ao sono alheio.


Há também uma confusão quando o assunto é sexo – muita gente diz que sexo sem amor não é bom quando, na verdade, estavam se referindo à intimidade. Aquela mesmo que surge sem escolher a vítima. E então, reformulamos: sexo sem intimidade não é bom. Fica aquela coisa robótica, regada por uma ansiedade em agradar, por um esforço em encaixar o que não se encaixa. Mesmo com os corpos colados, existe um muro entre os dois que impede a entrega. No desespero de não saber o que fazer diante do artificial, os dois encenam uma cena patética, como o ator de teatro que sobre no palco pela primeira vez e, independente dos seus esforços, não convence ninguém de que está à vontade. Era pra todo mundo se emocionar com a história mas ela foi, na verdade, apenas e somente, uma dramatização.
Intimidade, inclusive, não depende de tempo. Você pode ser casado há 10 anos e não ser íntimo do outro.

Agora, quando a intimidade existe, ela não deixa dúvidas. Impossível mascará-la.  Ela chega assim, sem pedir permissão e te faz abrir a vida para aquele estranho que conheceu há menos de duas horas – ele então, passa a saber de coisas que nem aquele colega de anos imagina. Ela faz os lábios se fundirem em um só e faz com que eles dancem em movimentos sincronizados, como o time que treinou há meses. Ela guia as mãos como se possuíssem GPS para a felicidade, solta as palavras como se não existissem tabus, libera o sorriso sincero que dispensa ensaios, torna a companhia mais importante que o programa e vangloria a conversa independente do conteúdo.

Na vida, precisamos mesmo de semelhantes, de cúmplices, de íntimos. Aqueles que te permitem jogar as máscaras, que gostam de você mesmo quando se é autêntica no limite. Aqueles que te fazem entender o real significado se ser escutada, que te explicam na prática que um olhar vale mais que mil palavras e que te lembram qual o verdadeiro sentido da palavra aconchego. Intimidade, inclusive, nos faz repensar no nosso vocabulário – quando se encontra alguém que lhe é íntimo, palavras como penetração, por exemplo, assumem outro significado – porque a sexual, pode-se fazer com quem quiser. Agora, penetrar no seu ser, é exclusividade de poucos.

Sorte daqueles que encontram os seus íntimos nas tantas ruas da vida.


http://www.casalsemvergonha.com.br/

25 de jun. de 2012

The killers

Sempre que uma situação começa a ficar boa ou simplesmente começa, solto minhas frasezinhas bombas.
Não sei se com isso quero realmente foder a minha vida ou me proteger de me foder. Acho que segundos antes de explodir tudo, penso assim: se eu falar a frase mais errada do mundo, só os realmente fortes sobreviverão.

O que eu não percebo é que no começo de alguma coisa, ninguém ainda é realmente forte para agüentar minhas frasezinhas bombas.
E todo mundo, sem exceção, acaba correndo assustado. E no dia seguinte eu acordo com aquele misto de vitória com tristeza. Sozinha novamente. Como se isso fosse um prêmio mas também uma doença.
Dentre as minhas frasezinhas bombas tenho três prediletas “to morrendo de saudades de você”, “a vida sem amor é uma merda” e “você me dá pouca atenção”.

Quase nunca to morrendo de saudades de alguém, não existe a menor chance de eu amar algum desses trastes que me aparecem e caguei se eles me dão ou não muita atenção. Mas ainda assim falo, ainda assim mando uma frase dessas. Só pra ter o triste prazer de ver o covarde ficando branco, escondendo os dentes, enfiando o pinto no cu. E sumindo finalmente da minha vida.


É o jeito que arrumei de me rebelar contra essa hipocrisia masculina. Eles podem dormir na casa da gente, enfiar o pauzinho no meio das pernas da gente, pedir uma torradinha com requeijão de manhã, mijar pra fora do nosso vaso, contar a vida deles e pedir mais carinho nas costas. Mas não suportam ouvir no dia seguinte um simples “gosto de você”. Covardes de merda. Odeio essa hipocrisia masculina. Se eles falam mil vezes que querem te ver é tesão e você não pode se assustar, mas se você falar uma única vez que quer vê-los, é porque você é uma mala que está “misturando sentimentos”. E eles podem se assustar. Que preguiça desse planetinha dos macacos e suas bananas.

E sigo com minhas frases matadoras. “Pensei em você hoje”; “Voltei antes pra te ver”; “Vamos nos ver hoje?”; “Vamos comigo na festa da minha amiga?”; “O que você vai fazer no feriado?”

E tenho cada dia mais nojo de como frases ditas pra ser agradável soam como um assassinato. E tenho nojo de pensar que quando você tira o controle deles, eles não sabem mais o que fazer com você. “O que eu vou
fazer com uma mulher que eu já conquistei?” Que tal continuar conquistando todos os dias, seu idiota? Que tal viver uma história que passe da primeira página? Tenho cada dia mais nojo de como as pessoas se consomem e não se conhecem, não vivem nada. Não sabem nada da vida da outra a não ser o tamanho dos peitos e se o desenho dos pêlos é mais para Claudia Ohana ou bigodinho do Hitler.

Sempre lembro de uma vez que fui passar cinco dias com um namorado no alto de uma montanha e ele me apareceu com um verdadeiro “kit putaria”. Passou antes no sex shop e comprou de óleo de massagem a roupinha de enfermeira. Tenho certeza que fez isso porque pensou “que porra vou fazer com uma mulher cinco dias em cima de uma montanha a não se trepar”? Se fosse algum dos seus amiguinhos eles poderiam rir, se divertir, beber, conversar, apostar corrida, jogar videogame, brincar na piscina, fazer trilha. Mas com uma mulher? Um ser estranho chamado mulher? Que porra ele iria fazer não é mesmo?

Homens acham que a página 1 é trepar e a página 2 é casar. E como têm pavor da 2 (e quem disse que as mulheres também não têm?) acabam nunca saindo da 1. E nisso conversas incríveis, descobertas maravilhosas e histórias lindas morrem antes mesmo de nascer. Eles podem te comer mas jamais
passear de mãos dadas com você.

Isso tudo me dá um bode profundo. Mas no fundo tenho mais bode é de mim. Por ter dito frases desse tipo para pessoas sem nenhuma magia, sem nenhuma poesia. E que ao invés de enxergar beleza enxergaram “carne ganha”. E no fundo eu nem sentia nada por essas pessoas, estava apenas testando a hipocrisia do mundo. Estava apenas comprovando que se tratava apenas de mais uma “carne podre”.

Acho de verdade que a puta da Glenn Close estragou a vida de algumas mulheres. Basta você dizer um inocente “você é legal” pro cara achar que você vai se mudar pra casa dele, mergulhar o poodle dele numa panela fervendo e parir trigêmeos bem no dia do futebol com os amigos. Da onde eles tiram que somos tão assustadoras? A gente só quer ter com quem rir no final do dia e ganhar alguns beijos no lugar certo. Nada muito diferente do que eles querem.

Mas cansei. Definitivamente cansei. Cansei de um mero “nossa, tava pensando em você” equivaler a um “nossa, tava pensando em você de terno e gravata no altar de uma igreja”. Já que pouca coisa assusta tanto, decidi que agora vou jogar pesado. Daqui pra frente minhas frases matadoras vão ser de “quero ter um filho seu” pra pior. Quem quiser sair comigo vai ter de ouvir “posso dormir aqui?” ou ainda “acho que posso me apaixonar por você”.

E quem sobreviver a esse verdadeiro extermínio de pretendentes, vai descobrir que eu sou só mais um ser que morre de medo do amor e da convivência. Vai descobrir que falo as frases erradas justamente pra espantar as pessoas e não ter mais trabalho. Mas de verdade (e dessa vez sem medo de assustar ninguém) adoraria encontrar alguém que resolvesse correr esse risco junto comigo.


Tati Bernardi é cronista, autora do livro "A mulher que não prestava" e acha o filme novo do Tarantino a coisa mais incrível do mundo.

24 de jun. de 2012

Os Favoritos

Acordei. O sol estava lá.

Banho. Cremes. Roupa. Perfume? O favorito, pra variar um pouco.

Chá verde. Mate verde. Colares verdes.

Tchau, gente. Tchau, Mãe!

No rádio, a favorita da temporada, logo de cara.

Hoje pode ser um grande dia.

Tenho medo...

de gente de cara feia,
de cachorro que eu não conheço,
de palhaços
de perder os sentidos
de ficar dentro de carro estacionado
de relâmpagos
de eletricidade
de gente andando atrás de mim na rua
da sensação de estar sendo seguida,

E...de passar por essa vida sem ter feito tudo o que queria.

Do que se pede

Horas incontáveis de conversa... ligações, msn, skype, whatsup.
Horas a menos de sono.
Ela dizendo que ele é engraçado e a faz rir.
Ele dizendo que ela é linda.
Ele dizendo que não quer que ela mande mais mensagens nem ligue, pois precisa ficar longe dela, ao menos por enquanto.
Ela diz que tudo bem...

...Devemos temer o que pedimos, pois podemos acabar conseguindo".

Desamparo

Um desacreditamento medonho.
E essa raiva, que não passa.
Há dias, arde e me queima.
Vai acabando com algo muito terno e quase ingênuo.
Devagar, bem devagarinho.

Delicadeza e força


E eu tentanto encontrar meu ponto de equilíbrio. É que algumas palavras ditas a esmo passam a ter muito significado se você as escuta no momento errado. É duro, mas eu sigo adiante.

Eu te escrevi uma carta ontem à noite...

... em pensamento.
Nela, te confessei os meus erros.
E te confessei também o meu amor. Ou coisa que o valha.
Porque é difícil se nomear o que não se entende.
E eu não entendo o que sinto por você.
Mas, a verdade é que não consigo escrever o teu nome na lista do não-querer.

21 de jun. de 2012

20 de jun. de 2012

"Não ando na rua. Ando no mundo da Lua, falando às estrelas."

(Helena Kolody)

Anil

Minha aura é cor anil... que era azul eu já sabia, só não tinha noção da intensidade.
Anil é a cor da luz entre 450 e 480 nanômetros de comprimento de onda, localizada entre o azul e o violeta
O olho humano é relativamente insensível à freqüència do anil, tanto que muitos não conseguem distingui-lo do azul ou do violeta.
Anil é a cor de quem está à frente de seu tempo e segue seus instintos. busca conexão de almas. Precisa desenvolver a tolerância e a paciência. será?
Então amanhã, se você for distribuir alguma coisa, distribua um abraço... por mim e por você!

18 de jun. de 2012

Das saudades que eu sinto...

Saudade é uma coisa tão constante na minha vida, que perco um bom tempo pensando nas saudades que sinto.

Saudade do tempo em que o “eu quero” na maioria das vezes vinha acompanhado de um “eu posso”. Hoje os meus “eu quero” vêm, na maioria das vezes, seguidos de alguns “talvez”.

Saudade da falta de responsabilidade, da falta de medo e da “cara de pau” que regiam minha personalidade adolescente.

Saudade da “falta do que fazer”, de fazer o que dava na telha, de não ter medo de sentir e sentir sem medo de ser feliz, de não fazer nada...

Saudade das horas perdidas na janela, das covinhas que faziam borboletas darem piruetas no meu estômago.

Saudade do pouco. Saudade do nada que perambulava meus sonhos ainda tão sem sentido.

Saudade do que vivi, do que amei, do que quis, do que sonhei.

Saudade do tempo em que era necessário apenas viver, o resto, a gente deixava acontecer.

Homens e Carros

Os homens que dirigem BMWs fazem mais sexo do que os que têm Porsches


Foi o que apurou uma revista de automoveis alema que estreou este mês. Foram ouvidos 2,253 homens com idades entre 20 e 50 anos. Os que dirigem BMWs declararam que fazem sexo, em media, 2,2 vezes por semana, contra media de 1,4 informada pelos donos de Porsches. Para as outras marcas, as medias sao - Audi (2,1 vezes por semana), Volkswagen (1,9), Ford (1,7) e Mercedes (1,6). Noticia da Reuters. 

2,2 vezes por semana e estão no topo da lista?????? 

Sexo e o Divino

Alexander Lowen, 93 anos, diz que não há mais orgasmo numa relação entre um homem e uma mulher. Reich já dizia algo parecido. Simplesmente porque fomos condicionados a racionalizar e processar com a mente um ato que deveria ser só corpo e alma. 


"O que vocês conhecem como orgasmo é nada mais que uma pequena descarga. O verdadeiro orgasmo é algo muito maior, muito mais intenso, e muito mais espiritual do que isso. Requer trabalho e auto consciência para ser alcançado. E só acontece quando duas pessoas estão com seu corpo e sua alma em sintonia com o Divino". 


Acho mesmo que sexo bom é sexo com intimidade, com amizade, brincadeira, com continuidade... Sexo tem haver com descobertas, com relaxamento. E não falo aqui como uma puritana, pois não condeno quem acha bom (e faz) sexo casual - com alguém que conheceu na balada, na praia, em uma viagem, enfim - falo como quem admira a entrega do corpo e mais ainda como quem admira a entrega da alma, e vê nisso algo divino, de verdade.

8 de jun. de 2012

Ele disse:

Tu tem cheiro de flor quando ri

2 de jun. de 2012


A gente pode tentar esquecer, tentar fingir que nada aconteceu. A gente pode fugir.
Mas o que foi real vai sempre voltar. Pode vir logo, pode demorar. Pode ser de repente, pode ser sem explicação.
Mas a gente sempre vai amar aqueles amores, a vida inteira. 
A gente não precisa vivê-los novamente... a gente não precisa querer o que não existe mais. 
Mas o sentimento vai estar lá, brincando com o coração, dando saudades, mandando dizer que a felicidade existe sim e está aí, em algum lugar

Aproveite seu tempo

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para
frente do que já vivi até agora.


Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas: as
primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas,
começou a roer o caroço.


Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando
seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter
a miséria do mundo.


Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma
fórmula de poucos pontos.
Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta
de abalar o milênio.


Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que apesar da
idade cronológica, são imaturos e inconsequëntes.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de
“confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo” e procuramos culpados ao invés
de soluções.


Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou
sobre as diferentes traduções da Bíblia.
Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das
Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética.
Minha resposta será curta e delicada:
- Gosto, e ponto final!


Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem
conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater
rótulos.


Não tenho tempo para mediocridades e “picuinhas”. Quero viver ao lado de
gente humana, muito humana: que sabe rir de seus tropeços, que não se
encanta com triunfos, que não foge de sua mortalidade, que defende a
dignidade dos marginalizados e deseja andar humildemente com Deus.

Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.


Autor: Pe. Ricardo Gondim

(faço dele, as minhas palavras... totalmente!)

Acredito, acredito

É que há tanto dentro de mim que às vezes acho que vou explodir. Mas é uma epxlosão de coisas boas, como há muito não sentia. As coisas têm jeito, meu povo, é só dar um empurrãozinho. Eu acredito em fadas, acredito, acredito.

Simpatia para o dia dos Namorados...

Se voce está desesperada porque dia 12 está chegando e você está na fissura de encontrar alguém e não consegue, eis aqui minha mais famosa simpatia para o seu desencalhe total:


Simpatia para conquistar seu amor:


Amarre o pescoço do Santo Antonio com o seu mouse , dê 3 voltas com o fio e pendure atrás do monitor.

Baixe as seguintes músicas: - Eguinha pocotó - Você é meu amor (de qualquer grupo de pagode) - Segura o Tcham - Pense em mim, chore por mim. - Funk das cachorras (ou algo semelhante a isso).

Coloque as caixinhas de som perto do ouvido do Santo, ligue o som em modo repetitivo e faça a seguinte oração: "Adorado Santo Antonio essa sequencia vai repetir até meu homem surgir."


Saia do quarto, tranque a porta e vá pra rua. É tiro e queda. Só não esqueça de pedir perdão pro Santo depois.