Eu não peço que me entendam, porque isso vem sendo complicado demais até prá mim. Então eu não exijo que ninguém compreenda exatamente o que se passa pela minha cabeça quando me fogem as palavras ao tentar explicar todo esse mar de sentimentos que me toma o pensamento a cada pôr do sol.
De certa forma eu tenho medo, e o medo é uma das razões pelas quais ando tendo tanto receio em dizer sim às coisas. Minha terapeuta afirmava que o meu maior problema é que eu tenho medo de ser feliz. Que afasto a felicidade de mim como os loucos afastam de si a realidade, que pode ser doída demais. Talvez ela esteja certa.
Então eu não peço que você me entenda, e não peço que me apóie e não peço nem que me ame – este é o não mais difícil de ser exercitado. Mas não nego que tenho medo que, quando você descobrir que aquarela confusa sou eu, se afaste de mim e tudo o que sobrará será um imenso mar de coisas que não aconteceram.
27 de jan. de 2010
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Um comentário:
me identifiquei com cada verso!!!
amei mesmo.. me li nas tuas entrelinhas.
demais!
beijão!
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