A minha mãe tem uma fábrica de conselhos e de músicas de criança.
A minha mãe inventa apelidos pros nossos namorados e a gente esconde pra não ficar solteira.
A minha mãe faz o difícil virar fácil e sempre pergunta se eu já jantei.
A minha mãe fez acordo com os anjos: “quando eu não estiver por perto, vocês cuidam das meninas”. Eles aceitaram.
A minha mãe me ensinou a ser melhor.
A ser gente grande ela não me ensinou porque essa lição cabe ao mundo.
A minha mãe daria aula de bom senso aos adultos e quem reprovasse ganharia um beijo.
A minha mãe briga, defende, ataca e fica quieta. Cada coisa no tempo certo. E eu admiro, mas não consigo fazer igual.
A minha mãe mostrou que sopa com Shoyo é mais gostoso. Arroz com uva-passa é ruim - mas isso eu que tô mostrando pra ela.
A minha mãe me ensinou que Deus sempre cochicha no nosso ouvido e que, a gente pode ouvir ou não, mas que essa escolha tem consequências.
Minha mãe me ensinou a fazer o bem, ter fé nas pessoas, lutar pelos meus sonhos e que a verdade é o melhor caminho.
Eu nunca precisei do chinelo pra aprender. O amor foi o método aplicado em todas as lições – e funcionou.
Eu te amo mãe. Com a mesma grandeza, intensidade e exagero que herdei de teu sangue.
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