5 de mar. de 2008
Paixão? Angústia, ansiedade, falta, espera, tempestade, um vulcão dentro de si mesma. Para quê? Desde muito cedo, nunca gostou da paixão. A vida toda quisera um amor tranqüilo, a mão encontrada no meio da noite, o aconchego de estar em casa. Tudo o que sempre quis. Mas a quem ela queria enganar? A saudade no meio da tarde, as palavras doces para encantar o outro, as declarações furtivas roubadas num instante, o rosto corado de ardor. Esses encantos não existem no amor? Ela quer a grande graça da história, a cereja do bolo, o suspiro profundo de saber-se objeto de bem-querer. Ela sempre esperou, pacientemente, a delicada paixão respingando no amor. E, às vezes, ela fecha os olhos e engole o choro quando se dá conta de que não terá o que sempre quis nos seus dias. Mas ainda espera: ela nasceu para encontrar as surpresas que a vida lhe reserva.
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