Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

14 de fev. de 2009

O Perdão

Algumas mulheres teriam se sentido desencorajadas com essa tarefa. Algumas teriam considerado que todo esse esforço era impossível. Mas não ela, pois ela era uma mulher que amava. (p.258)
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O perdão é um ato de criação. Você pode escolher entre muitas formas de proceder. Você pode perdoar por enquanto, perdoar até que, perdoar até a próxima vez, perdoar mas não dar outra chance — começa tudo de novo se acontecer outro incidente. Você pode dar só mais uma chance, dar mais algumas chances, dar muitas chances, dar chances só se… Você pode perdoar uma ofensa em parte, pela metade ou totalmente. Você pode imaginar um perdão abrangente. Você decide. (p.277)
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Como a mulher sabe que perdoou? Você passa a sentir tristeza a respeito da circunstância, em vez de raiva. Você passa a sentir pena da pessoa em vez de irritação. Você passa a não se lembrar de mais nada a dizer a respeito daquilo tudo. Você compreende o sofrimento que provocou a ofensa. Você prefere se manter fora daquele meio. Você não espera por nada. Você não quer nada. Não há no seu tornozelo nenhuma armadilha de laço que se estende desde lá longe até aqui. Você está livre para ir e vir. Pode ser que tudo não tenha acabado em “viveram felizes para sempre”, mas sem a menor dúvida existe de hoje em diante um novo “Era uma vez” à sua espera. (p.277)
Clarissa Pinkola Estés, trechos do livro Mulheres que correm com os lobos, capítulo “A demarcação do território: Os limites da raiva e do perdão”.
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Eu já disse e repito: todas as mulheres deveriam ler esse livro em algum momento e reler vez ou outra, até o fim da vida.

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