Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

31 de mar. de 2009

Vai com calma...

Como se vai com calma com o que se sente? Com o que se quer?
Sempre que estou no que eu chamo de 'fase baixa', onde os demônios estão soltos e procurando um balcão pra sentar, algumas pessoas me falam: você precisa sentir menos.
Das primeiras vezes eu tentava de verdade, como quem prende a respiração ou faz força pra não piscar. Mas eu venho descobrindo a cada dia que essa coisa de sentir menos não existe não.
Na verdade, sentir demais é uma doença congênita e sem cura.Tem dias que o ar me dói e isso não tem muita explicação. Se tivesse um meio termo não era sentir. O tal do oito ou oitocentos tem uma conotação popular mas pra algumas pessoas é estilo de vida.
E eu venho percebendo mais essas pessoas. Elas sempre existiram mas eu achava que era só eu. Agora percebo mais a presença delas e me conforto em saber que isso é como nascer com o olho azul ou castanho. Parei de fazer força pra sentir menos porque isso seria treinar para parar de existir, no meu caso.
E daí entendo também a minha falta de interesse quase mórbida por pessoas neutras. Entendo que preciso urgentemente aprender a aceitá-las mesmo que elas mão me despertem um único comichão. Pessoas normais e regradas são estranhas demais pra mim... imagino que na mesma proporção que sou pra elas, quando chego num ambiente novo e continuo fazendo as mesmas coisas sem forçar uma atitude social.
Tem gente que não gosta e sai. Agora eu entendo um pouco. Sentir menos ou mais não se aprende, não se força... se aceita.

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