29 de abr. de 2009
De passagem...
Eu falo demais, ele de menos. Eu transbordo, ele recolhe. Escancaro. Ele ainda mistério. Eu sorrio as canções que sei, comento de um show, divido sonhos antigos, rio com uma piada qualquer. Ele observa. Toca. E boceja. Mais um copo. (Minha sensação é que eu existo demais. Me sinto julgada a todo instante, pelo meu excesso de mim, de vontades de vida, pelas enumerações. Descabida, será?). Ele não se expressa muito, apesar do sorriso. A luz se mantém acesa, nenhuma costura de fato acontece. E a gente se diz que é, já está mesmo tarde. Para nossas bocas, beijo. Só. Todo o resto entre nós é silêncio.
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