Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

9 de mai. de 2010

Eu preciso aprender...

...a dizer não!

O fato: Odeio quando as pessoas dizem "se você não for, não tem graça" ou "se você for eu vou" ou algo do tipo.

É que tenho uma grande dificuldade de dizer "ah não... não to afim", principalmente pras pessoas muito queridas. Acho que deve ser alguma espécie de carência sabe? Aí quando alguém solta uma dessas meu cérebro interpreta como "você é querida e necessária por isso faça jus" ou "não vá ser culpada por estragar a diversão alheia" e eu acabo dizendo "sim" mesmo quando eu não estou com vontade de fazer aquela determinada atividade. 

O ruim disso, na verdade, nem deve ser tanto o fato de eu ser muito condescendente com essas coisas mas, sim, o fato de que no final eu acabo quase sempre frustrada, porque, quase sempre, eu acabo não entrando no clima ou, quando entro, qualquer coisa mínima pode me tirar do sério e aí "adeus diversão".

Então por que é que você vai?

Aí é que está o X da questão. É que quase sempre eu fico frustrada também se eu digo "não", "hoje não dá", "hoje eu não tou afim".

Contraditório, mas é que sempre que isso acontece, fico com a sensação de estar perdendo algo grandioso, e nos relatos dos amigos as coisas sempre parecem melhores, mais divertidas, mais imperdivéis do que talvez realmente tenham sido. E eu acabo me sentindo entre deixada de lado, azarada (por perder os programas bons) e arrependida (de não ter ido porque poderia ter sido legal).

Ou seja, topando ou não esses programas, a chance de eu terminar a noite [ou o dia, ou os dois] infeliz e chateada comigo é bastante grande. Claro que isso não acontece em 100% das vezes, mas acaba sendo em uma grande quantidade delas. E isso é ruim.

E já que você sabe de tudo isso, por que não faz diferente?

Eu bem que tento... Mas sempre rola uma dúvida absurda "será que eu devo? será que não?". Daí faz um tempo que eu acabei concluindo que era melhor eu me dar uma chace de me divertir ir e ver pessoalmente se foi bom ou não, do que ficar em casa chorando as pitangas [o que só piora a situação]. Pelo menos a frustração de ter ido e ter sido uma merda é menos [beeem menos] pior que a de não ter pelo menos dado uma chace ao azar. 

Isso melhora a situação, mas no entanto não ajuda muito com o aprendizado.

O que eu preciso mesmo é aprender a dizer "não", assim, de verdade, sem ficar me infringindo dúvidas ou culpas, sem ficar pensando em agradar (pra que as pessoas prestem mais atenção em mim) ou esperando que elas façam eu me sentir mais querida [ainda quando esse pensamento é um processo inconsciente] e me divertir sempre, mesmo quando no auge do esforço pra entrar no clima e aproveitar o programa, alguém despeja um balde de água fria.

Nenhum comentário: