Ele parecia andar sempre em outra direção, me irritei. Não foi o combinado, pelo menos não o meu combinado. Agarrei-o com toda minha força, joguei-o na parede e fiz cena de cinema. Onde você pensa que está indo? O que pensa que está fazendo? Mas ele não respondeu. Mudo, como sempre. Inquestionável.
Não porque esteja sempre certo, mas porque não se deixa questionar. Difícil. Não sabia mais a quem perguntar o que estava acontecendo, onde estavam aqueles meus planos e como ele podia mudar tudo assim, tão rápido, sem me pedir permissão! Amaldiçoei-o com palavras terríveis, desejei não tê-lo comigo, fugi.
Mas depois de alguns passos só, me senti perdida, desencaminhada, sozinha. Achei melhor voltar, pedir desculpas. Ia ser mesmo difícil viver brigada com o destino.
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