Roteiro Inacabado

"O que você faria se não tivesse medo?"A pergunta visitava sua mente de minuto em minuto, em uma repetição enlouquecedora. Procurava centenas de respostas, mas, no fundo, já sabia."Arriscaria para ser feliz".E foi assim que ela resolveu.

3 de mar. de 2010

A saudade bateu, foi que nem maré...

O mar me fascina. Posso ficar parada diante dele por horas seguidas e sempre encontro algo novo para contemplar ou então uma nova resposta para minha vida, que vem apenas com o movimento de uma onda.
Desde pequena fui assim. Hoje sinto falta da água salgada se fico muito tempo sem ir à praia.
Tenho a ilusão de que seria mais completa se eu vivesse no litoral. Acho que teria uma vida mais regrada, que eu cuidaria mais de mim. Física e Psicologicamente.
O mar geralmente se parece comigo. Se estou triste, ele compartilha comigo essas tristezas, me mostrando as paisagens mais melancólicas e belas que já vi. Faz-me ver que há algo a mais, além da tristeza.
Se estou alegre, ele me recebe aconchegantemente com uma onda, que limpa a alma.
Existem os que chamam o mar de traiçoeiro. Eu não penso assim. Acho que ele é justo. Dizem que ele engana os mais desavisados que abusam de suas águas. Eu acho que ele é claro. Quando está de ressaca, mostra logo a quem quer que seja sua ira. São as pessoas que lhe invadem. Traiçoeiro? Isso ele não é.
Muitas vezes eu penso no mar como uma mulher. Aquela que sabe acolher a quem quer que seja. Que fotalece os que dela precisam. Que repreende os que merecem. Que muda constantemente, conforme a lua. Que às vezes se descontrola. Que às vezes invade espaços, como a maré...

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