É difícil estar tudo bem, tudo
ótimo, meu coração não está acostumado a não precisar de nada, nem de ninguém.
Ele está tão habituado ao sobe-e-desce das montanhas-russas diárias, frios na
barriga constantes, preocupação, stress e o turbilhão de emoções de sempre, que
viciou.
Então mesmo quando eu não estou sentindo nada, absolutamente nada, ele
jura que está lá, iuuuuupi, ladeira abaixo e aí, acelera, acelera, acelera e
atrasa e acelera e atrasa... O bichinho fica totalmente sem ritmo, coitado.
É como
o estômago da gente que se engana com o chiclete. Você tá lá, mastigando aquela
borrachinha que não tem função alguma para o seu organismo, mas o seu estômago
entende que, se tá mastigando, tá engolindo, se tá engolindo, precisa jogar lá
as substâncias pra dissolver aquilo tudo.
Só que não tem nada e ele acaba se
auto-deglutindo. Além disso, eu ainda esqueço de respirar. Ó, céus.
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