30 de abr. de 2009
Não porque esteja sempre certo, mas porque não se deixa questionar. Difícil. Não sabia mais a quem perguntar o que estava acontecendo, onde estavam aqueles meus planos e como ele podia mudar tudo assim, tão rápido, sem me pedir permissão! Amaldiçoei-o com palavras terríveis, desejei não tê-lo comigo, fugi.
Mas depois de alguns passos só, me senti perdida, desencaminhada, sozinha. Achei melhor voltar, pedir desculpas. Ia ser mesmo difícil viver brigada com o destino.
29 de abr. de 2009
Não! Não e Não!!!!
Ele não vai me conhecer. Não vai conhecer o cheiro do meu cabelo, não vai conhecer os apelidos bregas que eu invento.
Não vai conhecer a minha pantufa de joaninha, não vai conhecer a cor da cortina do meu quarto.
Ele não vai me encontrar. Não vai encontrar fotos, cartas nem bilhetes meus. Não vai encontrar meu chocolate escondido na gaveta.
Ele não vai me entender. Não vai entender quando eu choro de rir, nem a minha mania de levantar da cama depois de pelo menos três sonecas de 10 minutos.
Ele não vai se apaixonar. Não vai fazer cócegas, nem deitar no colo. Não vai comer mingau quando tiver com dor de garganta e nem ganhar presente no dia dos namorados.
Isso. Já me decidi. Não vou permitir envolvimento, sentimento e possíveis perdas.
Perversão
A maior prova são as flores.

Quando um cara quer transar com uma mulher, manda flores. Quando faz algo ruim também. Ou quando ainda vai fazer. Oras, as flores são os órgãos sexuais das plantas. Não é pra lá de estranho oferecê-los a alguém? Agradecidas, nós arrumamos OS ÓRGÃOS SEXUAIS VEGETAIS em recipientes de vidro para enfeitar a casa ou colocamos nos cabelos.
Que doentio!
(descobertas da Gestão Ambiental)
Momento tolerância Z-E-R-O
Vamos facilitar: Eu NÃO tenho paciência, minha tolerância é abaixo de zero, acidez é meu nome e sarcasmo, o sobrenome. Sendo assim, por que as pessoas não se poupam do trabalho???
Uma vez que perdi a paciência com uma "mini fiscal", ela chorou. E eu, sinceramente, a-d-o-r-e-i.
Então, fica o apelo: Pessoa irritante que adora me encher o saco, não mexa com este espírito sem luz que tenta atingir a ascensão. Não fique inventando chances para eu ser ruim. Vamos manter a campanha por uma Boneca menos ordinária. Abrace a causa também.
Não que elas mereçam isso, mas tudo aquilo que não mata, nos ensina a viver melhor!
'Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar'.
Aquele que relaxa, tudo obtém..."Não precisa correr tanto, o que é seu às mãos lhe há de vir".
Prosa
Esse moço, dona, já me deu trabalho. Foi difícil domar, cavalo doido solto procurando rapariga pra montar sem sela.Eu tive que quase não perdoar a primeira safadeza dele, se engraçando todo com a branquela azeda da rua da frente. Eu me fiz de besta.Mas depois que ele já tava bem lambuzado do assanhamento, tranquei as coisas dele do lado de fora da casa pra nunca mais abrir a porta. Deixei chorar, levar banana da terra pra mim, joguei tudo pros cachorros. Joguei fora até as presilhas que eu queria tanto e ele me deu pra eu usar nas festas. Eu tava machucada, dona, tava atarantada demais com aquela traição.
Pois aquele moço teve que chorar na minha porta, tava embebedado, é fato, mas parecia menino maltrapilho, cinco dias pelos bares, nem na casa do amigo ele não voltava mais.Banho só de mar.E a mesma roupa encardida das andanças.Rondando minha casa, chamando meu nome, dizendo palavras de amor, todo arrependido. Deixei ele sofrer mais de duas luas inteiras, porque eu gostava dele,dona, mas meu coração, quando ouvia aquele choramingar arrependido na minha janela, sentia era uma sapituca de raiva que eu me contorcia toda pra não jogar a água fervida do banho todinha nele.Quase costurei o nome da azeda que ele se engraçou na boca de um sapo, mas depois tive um esclarecimento na minha razão: que mal não se faz nem se deseja pra ninguém_ volta em dobro, já me dizia meu avô, Deus o tenha.
Foi que um dia, no forró lá no galpão de palha de seu Benevides, eu tava toda enfeitada na minha sede de vingança de fazer o mesmo, na frente dele, da cidade inteira. Pra magoar bem pisado aquele coração sem jeito. E teve uma hora, tocou aquela música de quando a gente namorou pela primeira vez. Aí me alembrei dele cantando pra mim, cara de menino levado,falando que eu era a morena mais bonita da festa, eu toda acreditada. Mas a lábia dele já era famosa, dona. A mulherada toda se enfileirava pra ser a próxima das aventuras.E foi aí que eu ia aproveitar pra dançar com aquele João Alves, da loja de ferramentas, que já me queria desde muito tempo.E vi meu homem, pensei que ia puxar briga, mas não: ele me olhou com uma tristeza, uma tristeza tão escura. Nunca vi um olhar tão adoecido, tão lamentoso.Parecendo que o mar inteiro sangrava.Só dele imaginar que eu ia me abraçar com o João naquela música que era tão nossa, dava pra ver o peito dele se arrebentando por dentro naquela olhada firme que ele me deu. Tive pena, não, dona.Tive foi o meu amor voltando, eu querendo cuidar pra ele nunca mais me olhar assim.Daquela dor que eu vi nele, nem gosto de alembrar.
Pois esse homem é tão meu agora, dona, que até enjoa, às vezes.Faz de tudo e mais um pouco pra eu não brigar de jeito nenhum.Até me ajuda com as coisas de casa. Eu já tive só mais um namorado, que foi antes dele.Um violeiro que me encantou pela voz, quando a gente acendia as fogueiras e ele era o centro das atenções cantando as canções sertanejas que eu mais gostava.Mas me entregar mesmo, de não resistir a essas fomes da carne, foi só com meu homem.Que até hoje ele ciúma desse meu primeiro. Disse que vai aprender a tocar violão pro outro não ter qualidade nenhuma que ele não tenha.Eu fico é rindo dessas bestagens.Mas no fundo eu gosto dele achar que nunca vai me conquistar direito, por inteiro, senão a coisa vai ficando abandonada, sabe, dona?Olha ele vindo aí, todo faceiro...deixa eu me aprumar, dona...Tenho que me ajeitar. Hoje é noite de lua cheia em nossa casa...
***Marla de Queiroz
De passagem...
27 de abr. de 2009
Como é cansativo ser "bom"...
Aos Guerreiros (as)
Todo guerreiro já se iludiu no passado.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era o dele.
Todo guerreiro já sofreu por coisas sem importância.
Todo guerreiro já achou que não era guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações espirituais.
Todo guerreiro já disse sim quando queria dizer não.
Todo guerreiro já feriu alguém que amava...
...Por isso é um guerreiro, porque passou por tudo isso, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era.”
Paulo Coelho
25 de abr. de 2009
Onde está você???
Eu adoraria te conhecer melhor.
Mas o problema é que ainda não te conheço...
... quem sabe hoje?
24 de abr. de 2009
rolando no mp3
E uma rede pra gente deitar, a noite inteira de papo pro ar
Pra você sonhar e não ter medo do amor, pra você guardei o melhor desse lugar
Veja só minha menina...O amor se escondeu numa estrela tão brilhante...O amor se escondeu
Eu tenho um plano pra gente fugir de tudo isso e não olhar pra trás
Por uma estrada onde ninguém nos vê, do horizonte que não tem mais fim
O Amor se Escondeu - Papas da Língua
23 de abr. de 2009
Fica o vazio do esquecimento...

*
*
Marla de Queiroz
Sol quente na cabeça
Dia de São Jorge
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham maõs e não me toquem
Para que meus inimigos tenham pés e não me alcacem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo o pensamento eles possam ter para me fazeram mal
Armas de fogo meu corpo não alcançarão...Facas e espadas se quebremsem o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar...
...pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge...
Jorge de Capadócia - Jorge Ben
22 de abr. de 2009
Ele não consegue me abandonar. Desapegar.
Desapego é a coisa mais importante que aprendi na minha vida inteira. Mesmo sabendo que não existe jeito, que me faz mal, que não existe a mais ínfima chance de qualquer coisa, ele ainda quer me guardar naquela caixinha debaixo da cama como ele faz com todas as coisas que gosta.
Diz que isso é amor. Isso não é amor.
O amor não deveria ser uma patologia. O amor deveria curar, não fazer sangrar nem matar nem fazer ninguém definhar.
Eu não sou sua. Eu não sou de ninguém. Eu sou do mundo, talvez. Eu sou minha.
Uma vez eu escrevi num guardanapo de restaurante, no auge da paixão, no auge de tudo, quando achei que ia morrer com ele, um poema do Leminski que que só consegui entender plenamente hoje. Naquela época eu sabia de coração. Agora eu esqueci. Sei que dizia algo como "não te quero só pra mim/nem poderia/te quero pro mundo inteiro/ quanto mais for o que quiser/mais será o que eu queria". Não era assim. Era bonito. Isso está tosco e um poema do Leminski nunca é tosco. Mas era isso que dizia.
Nenhum dos dois entendeu. Os dois se consumiram. O amor romântico morreu. Tudo morreu. A gente quase morreu. Sobrou, sei lá o que era aquilo. Um fogo morto que ainda queimava. E machucava. E eu não quero me queimar. Quero paz.
Já fui vingativa, ciumenta, possessiva, insana. Fazia parte da minha doença. Mas hoje a minha doença está dentro do meu bolso. Porque eu não vejo graça nenhuma em ser doente. Eu quero ser sã. Não quero o mal de quem eu amo. E se a minha proximidade puder causar algum dano, por mais que me doa, por mais que me entristeça, eu vou me afastar. Porque agora eu entendo que sangrar nunca foi a solução. Por favor não me deseje o mal, quero que você seja feliz.
Não fui capaz de te dar a felicidade eterna, nós não vamos ficar velhinhos juntos a beira mar como achávamos, nós não vamos ter mais filhos, nós não vamos ter mais nada. Acabou. Então eu espero que você possa ter com outra pessoa. Porque isso eu não posso mais te dar.
Não me odeie, não me deseje mal e não fique achando que eu fiz nada por vingança. As coisas acontecem. Você sabe. Me queira feliz também. E me deixa ir.
Eu sei que dói. Mas me deixa ir.
"Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba .O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima.... P.L."
21 de abr. de 2009
- você é útil e apaixonante - disse ele.
Não lembro o que senti. Mas sei que senti. Achei que iria me apaixonar dessa vez. Achei que ia poder morrer de amor novamente e até voltar a sentir.Mas discutimos depois.
- eu gosto do irreal.
- e eu do real.
-pague a conta.
Sou platônica. Morrerei platônica. Eu me gosto assim. Mas quando fui ao banheiro minúsculo, uma sensação profana e profunda mesmo sem fundamento me invadiu. Fiquei me olhando no espelho e me gostando. Não reconheci a satisfação dos meus olhos. Mas eu gostei. Gostei de interessar quem não me interessa.
Concluindo que vou me cansar...
20 de abr. de 2009
Dupla Personalidade
Quem me conhece sabe como eu sou. Falante, desembaraçada, atenta, sempre cumprimentando o máximo de gente que der, sempre me esforçando pra ajudar, sempre tentando colocar um pouquinho de açúcar na vida, porque açúcar é gostoso que só e a vida da gente bem que podia ser melhor temperada. Eu tento ser uma menina legal.
Apesar de não saber ser meiga nem delicada nem feminina, e de não falar macio, sempre tento fazer um cafuné em quem estiver mais perto da minha mão, elogiar as coisas que merecem elogios (um batom lindo, uma comida ótima, um trabalho feito com dedicação).
O Monstro usa frases curtas. O Monstro manda nos outros. O Monstro empurra as pessoas, faz cara de quem comeu e não gostou e desconta sua raiva nos outros. O Monstro tem vontade de arremessar as coisas na parede. O Monstro destrói amizades apenas com um olhar gelado e um frase cortante. O Monstro acha que nunca erra. O Monstro grita sem necessidade. O Monstro usa o sarcasmo como arma. O monstro age grosseiramente.
Eu não sei se eu sou a menina ou se o meu verdadeiro jeito de ser é ser monstro.
14 de abr. de 2009
Aiiiidaaaaa por favorrrrrrrr
Gente muito certinha do começo ao fim me cansa!
Gosto de gente que não mede conseqüências para conseguir o que quer (desde que não prejudique ninguém).
Gosto de gente que não usa relógio, nem pente. Gente que mete o dedo no merengue e onde mais entender sem dar maiores explicações.
Gosto de quem gosta de MPB. Não gosto de quem não sabe do que não gosta! G
ente indecisa me irrita! Decisões rápidas. Agilidade. Correr o risco. Dar a cara pra bater. Pular ou não pular, não é a questão. Ou pula, ou não pula!!!!!
Gosto de gente que dá presente, manda flores, leva pra viajar, beijo e bombom sem motivo aparente ou data marcada. Gente que conversa consigo mesma enquanto caminha na rua, gente que ri de si.
Gosto de gente que trata bem outras gentes como garçons, empregados, porteiros, balconistas e taxistas. Gente que diz 'por favor, saúde e obrigado'.
Gente homem que não abre a porta do carro, não paga a conta e não retorna as ligações, merece um pé na bunda.
Gente mulher que não respeita o espaço alheio, que fala alto demais, usa perfume muito doce, usa franjinha, sandalia-bota, que devora milhões de livros de auto-ajuda, também merece um pezão.
Gosto de quem gostava de caverna do Dragão.
Gosto de gente que gosta da vida que tem. Não gosto de gente insatisfeita, burra que se acha inteligente, então, nem pensar!
Gosto de gente que declara seus afetos sem rodeios: te amo, te adoro, te odeio, te quero, te preciso, te etc.
Gosto de gente que não gosta de poesia vazia, batida e barata. Gostos de gente ousada, com atitude.
Gosto de gente que gosta de botecos.
Gosto de gente que se permite ser gostada.
Gosto de gente inteligente que sabe que para receber, deve primeiro dar.
Gosto de gente que entende que tudo que chega, chega sempre por alguma razão.
Gosto de gente que tem a mesma teoria que eu: que os erros são as únicas coisas originais que fazemos.
Gosto de gente que está buscando o que nem sabe o que é mas continua buscando.
Gente que muda de idéia. Gente que admite erros e pede desculpas.
Gente que acima de qualquer coisa se esforça para ser pessoa.
Gosto de gente como a gente.
mais em: Garotas Daggers
11 de abr. de 2009
Por quê o amor morre na praia?
Tem gente que já na segunda saída se desencanta, outras pessoas mantém a chama acesa por alguns poucos dias ou meses.
Quem consegue um relacionamento de anos pode se considerar bem sucedido. Já o antigo felizes para sempre é uma raridade, quase uma relíquia. O que está acontecendo? O que leva as pessoas hoje a ficarem cada vez menos tempo juntas?
Antes de mais nada podemos dizer que vivemos uma enorme auto-afirmação do indivíduo. Foram tantos anos obedecendo regras, fazendo o que devia ser feito, andando em cima dos trilhos do certo e do errado, que agora uma grande parte das pessoas se rebelou e está completamente incomodada em dividir a liberdade com o compromisso de caminhar junto de alguém.
Por outro lado, a ideologia do prazer e do conforto tomou conta de nossas vidas de tal forma que não suportamos a idéia da dor. O problema é que para se relacionar com alguém você precisa abrir mão do que é imediato para entender a relação como uma possibilidade de crescimento.
O amor não é confortável. Na filosofia do tudo fácil e descartável, não cabe o trabalho que uma relação dá. Para estar com alguém você precisa entender o ponto de vista alheio, precisa abrir o coração, se colocar na pele do outro.
Também não é possível amar se você não tem uma comunicação bem transparente e corajosa. Se você é covarde e economiza as suas palavras, se você não expressa o que sente e pensa, fica muito difícil manter um relacionamento vivo. A tendência é não falar, é não manifestar o que está mal resolvido como ressentimentos, raivas. Assim a relação esfria, perde a vitalidade, fica superficial.
A falta de generosidade também é um grande problema. Na convivência, os casais esquecem de manifestar o seu amor, pensam que não é necessário dizer palavras doces, presentear o outro com o romantismo que caracterizava o começo da relação. Feito uma plantinha que precisa de água para sobreviver, a relação também pede como alimento o carinho. Sem ele, nada feito.
Por que o amor morre na praia? Ele morre pela falta de cuidado, morre pela falta de consciência. Se você pensa que o amor acontece por si, está enganado. O amor é forte e frágil ao mesmo tempo. Ele brilha e irradia sua luz quando os amantes estão vivos, criativos e aptos para a relação, caso contrário, ele não tem condições de sobreviver.
Por Sergio Savian
Vai dizer que em certos momentos na tua vida tudo poderia acontecer. E tu já pensou que também nada pode acontecer?!? O pior é que, hoje em dia, não se pode ser profundo!!!
Copiado do Nélio - Nêgoooo o Soul Surfer faz falta na minha vida!
10 de abr. de 2009
Desculpe meu amigo, mas não dá para segurar...
Tem dias em que me pego pensando em você desde a hora em que acordo até a hora de dormir. Vivemos tanta coisa em tão pouco tempo! Teríamos vivido muito mais se a morte não existisse.
Quantos bombons já teríamos consumido? Quantas caminhadas na praia já teríamos feito? Quantas vezes teríamos jogado sedução? Quantas declarações teríamos feito um para o outro? Quantas vezes teria me protegido dos "caras errados"? Quantas "pastas ao molho quatro queijos" compartilharíamos?
Hoje entendo sua pressa. O desespero para encontrar “a mulher certa”, passar em medicina, morar sozinho na Cidade Baixa. Como era engraçado ver você planejar sua vida! Ri tantas vezes de suas grandes paixões que não duravam mais de um mês, ri também dos nomes que escolheu para os seus filhos. Ria quando me pedia para escolher o perfume, a camisa...Hoje entendo sua pressa: eu, como todos os nossos amigos, tinha todo o tempo do mundo - você não.
Procuro pelos cartões que você me escreveu, lembra deles? Ouço Skank, Greenday - e choro. Abro o Euclídes da Cunha, presente seu, que nunca li. Mas dos ursos de pelúcia ainda não consegui me desfazer. Ouço ainda a sua voz. Vejo seu rosto. Nem deu tempo de aprender capoeira! Nem de irmos juntos a Portugal, Minas Gerais e Mato Grosso.
Nos dias em que sinto saudades, acredito mais no que nunca que existe outra vida além desta, que você está por perto e que iremos nos encontrar algum dia.
A turma da medicina se formou, eu continuo fumando... 19 de abril está chegando e o coração aperta um pouco mais... 8 anos de saudade, e quando essa viagem acabar... iremos nos encontrar!!!
"É quando seus amigos
Te surpreendem
Deixando a vida de repente
E não se quer acreditar...
Mas essa vida é passageira
Chorar eu sei que é besteira
Mas meu amigo!
Não dá prá segurar..."
Vida Passageira - Ira
Pro dia nascer feliz....
- Bom dia, menina bonita!
É assim que um lindo menino, de olhos azuis arregalados e sorriso alegre, me cumprimenta todos os dias quando estou indo para o trabalho. Ele caminha de mãos dadas com a avó, mochila nas costas e uniforme escolar. Sua idade, não sei. Não passa de três anos. Seu nome, desconheço. Retribuo o sorriso, respondo o bom dia e sigo feliz. Com a alma leve. Cheia de mim. Criança é sincera, verdadeira. E se aquela criança linda, que não sabe meu nome gosta de mim, deve ter alguma razão. O menininho sabe que sou uma boa pessoa.
Cupidos

Uma das coisas mais engraçadas de estar solteira é ver os amigos virarem Cupidos. A impressão é de que todos querem arranjar um namorado para mim:
- Quero te apresentar um amigo do Léo! O que você vai fazer sábado?
- O que vai fazer na sexta-feira? Levo um amigo do Diego!
- Dançar neste fim de semana? Tem um primo do Marcos, novinho, que você vai gostar.
Tenho me divertido um bocado com essa história toda e tenho um pedido a fazer:
Senhores Cupidos, não me apresentem Capricornianos, Taurinos, Advogados (ou estudantes de Direito), Engenheiros (ou estudantes de Engenharia), Meninos mais novos do que eu, Fabrícios.
O risco de me apaixonar é grande.
Apaixonada, emburreço.
Burra, sou péssima companhia.
Alguma dúvida?
9 de abr. de 2009
trechos titãs...
Eu ouço as estrelas conspirando contra mim
Eu sei que as plantas me vigiam do jardim...
As luzes querem me ofuscar, eu só quero que essa luz me cegue
Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro...
Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro
O meu corpo não quer descansar
Não há guarda-chuva (não há guarda-chuva) Contra o amor...
O teu perfume quer me envenenar, minha mente gira como um ventilador
...
...Eu estou no meio da rua, você está no meio de tudo
O teu relógio quer acelerar, quer apressar os meus passos
(obrigado w...)
Tinta fresca, mulher idem
8 de abr. de 2009
Para manter a calma
Ignora as convenções.
Não aprendeu a disfarçar.
Guarda um bocado de impaciência e alguma ingenuidade.
Ri escancarado, sem vergonha de ser quem é,
sem vergonha alguma.
Essa mulher que encontraste quando tropeçaste em mim não te pertence
porque não pertence a ninguém – nem a mim mesma.
E não duvida que ela te encante
te persiga
te preencha.
Que o que parece inofensivo, me acredite,
nunca é.
5 de abr. de 2009
Esclarecimentos
Às vezes aconteceu com outros
Às vezes aconteceu comigo
Às vezes está acontecendo
Às vezes já aconteceu faz muito tempo
Às vezes é só um pensamento, uma música ou texto que acho bacana e que combina com o momento.
Mas acima de tudo, o que aqui é escrito, é escrito por e para mim! Sou leonina, egocêntrica, esgoísta e mais: exibicionista.
E o que você não viu com os seus olhos, não sabe o contexto e apenas IMAGINA do que se trata: não propague com a sua boca... cambada de fofoqueiros!!!
(sobre o que é escrito nessa página)
3 de abr. de 2009
Estava lembrando de uma vez no Ouvidor, depois de um dia incrível de praia, tu encostou a cabeça no banco do carro e fiquei olhando e sendo olhado, nos olhos. Comecei a sentir tua mão fazendo um carinho leve no meu rosto. Aí me perguntou se eu estava sentido. Não respondi nada, mas eu estava.Amor, muito amor.
Depois de ontem...
Dá Choque!!!
Ela conheceu o camarada num barzinho. Ficaram se olhando, e quando ela resolveu ir ao banheiro ele a interceptou no caminho. Começaram a conversar, papo vai, papo vem, uma troca de telefones, uma chamada no dia seguinte, duas ou três saídas para jantar e beber drinkezinhos básicos por esta vida de meu Deus, nada de sexo por enquanto. Super okei.
O rapazote saiu do relacionamento anterior há alguns meses. Ela, solteiríssima-da-silva-sauro há 7 anos, tava doida de saudade de gostar de alguém, e ta aí que ta gostando. Apesar de ainda não ter rolado mão-naquilo-aquilo-na-mão, a coisa anda quente através da troca de emails abastada durante o expediente – ai!, que o menino do CPD do escritório deve se divertir horrores em seus momentos de voyeurismo virtual – e noutro dia o fofo disse que adoraria passar uma noite com ela.
Mulheres, ó esfinge, decifra-me ou te devoro que são, não precisam muito mais do que isso para se enxergar esquizofrênicamente-light enamoradas por homens que nem se sabe se são bacaninhas ou canalhas-aborígenes. E ela, que não foge à regra, ousou ter a pachorra de cogitar a mais vaga idéia de convidar o primata de sexo masculino para acompanha-la a um casamento. É, casamentinho assim, petit comittè, nem era pra tantas pessoas, a família dela nem ia estar presente em massa e provavelmente ele seria apresentado apenas pelo nome, sem demais predicados do tipo, “este é fulano, meu amigo” ou “sicrano, meu namoradinho”. Numa escala de 0 a 10, apresentava risco contra a pessoa nota 5. Ponto. E pronto.
Diz ela que só percebeu a besteira que tinha cometido quando ele ficou mudo. Lê choquê tombê. Lívido. Branco. Pasmo. E disse que ia pensar. A menina ficou muda. Lê choquê tombê. Se fez de blasé. Mas não colou não.
Desde quando chamar uma pessoa para fazer companhia num casamento – desculpa, mas é sempre uma boca livre interessante – virou coisa mais íntima do que dizer que gostaria de passar a noite com ela?
Quem foi que inverteu os valores, somou o indivisível e multiplicou por zero, deu nessa subtração elevada a coeficiente negativo... E se esqueceu de avisar às mulheres?
2 de abr. de 2009
1 de abr. de 2009
Esse é teu...
Que tipo de gente é essa que te eleva a essa condição tão especial de dividir sua vida, seus momentos, seus sorrisos, seus gostos? Acredito ser do mesmo tipo que te faz sorrir para o vento que passa ou ser o motivo de pensamentos persistentes que ocorrem até em músicas não necessariamente românticas. É o seu par na dança e na ciranda dos seus dias, tornando tudo melhor.
O dia acontece com gosto de horas que passam correndo para o encontro desejado. A noite acontece abraçada com os sonhos que nascem na paz de dormir lado a lado.
Assim, eu me entrego e me rendo no jogo, mas não o perco. Ganho a sua presença em minha vida a me mostrar a possibilidade das impossibilidades, caminhando...sem os pés no chão. Amo. Muito.
Filosofia...
O amor não é complicado... Complicado é colocá-lo em prática...
(Agora pode vomitar)